Programa com Argentina segue em vigor mas pode ser modificado, diz FMI
Washington
12/12/2019 15h52
Rice acrescentou que a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, concordou com o governo do presidente Alberto Fernández sobre a necessidade de aumentar o gasto social, diante do aumento da pobreza. Fernández, que assumiu na terça-feira, herdou uma economia que deve encolher 3% neste ano, com perspectiva de inflação anual em ao menos 55% e de pobreza perto de 40% da população.
Rice, porém, evitou se pronunciar sobre a meta expressada por Guzmán de conseguir primeiro que a economia argentina cresça para depois começar a pagar a dívida, que entre credores institucionais e privados supera os US$ 100 bilhões. Tampouco comentou o quão disposto o Fundo estaria a concordar com um desconto na dívida argentina.
O porta-voz qualificou como "construtivo" o diálogo com as autoridades argentinas, o qual incluiu um encontro que Guzmán teve com Georgieva e o chefe da missão para a Argentina, Luis Cubeddu, em Washington dias antes de ele tomar posse como ministro. Rice se recusou a dar uma data exata nem comentou se o então governo Macri estava informado sobre o encontro. Segundo o funcionário, as conversas por ora têm abordado em linhas gerais as prioridades do governo de Fernández e que novas reuniões ainda sem data serão necessárias para começar a trocar informações mais detalhadas. Ele ainda comentou que o FMI começará uma análise de sustentabilidade da dívida argentina uma vez que tenha recebido mais informações. Fonte: Associated Press.