PPSA vai calcular compensação da Petrobras nos campos de Atapu e Sépia, diz MME
Denise Luna
Rio
29/01/2020 12h45
O governo corre contra o tempo para encontrar a melhor forma de vender os campos este ano, depois que o leilão do excedente da cessão onerosa, realizado no ano passado, só interessou à Petrobras e duas chinesas que entraram em participações minoritárias (5% cada uma), arrecadando 70% do esperado.
Uma das questões levantadas pelos investidores é o valor que teriam que pagar à Petrobras por trabalhos já realizados nos campos ofertados, que fazem parte do contrato de cessão onerosa, assinado em 2010. O contrato previa o volume de até 5 bilhões de barris diários como direito da estatal, e o excedente a esse volume está sendo vendido pelo governo.
Segundo a Portaria, a PPSA vai calcular a compensação que a Petrobras irá receber pelos trabalhos já realizados nos campos, dando maior previsibilidade para eventuais interessados em Sépia e Atapu.
"As partes deverão acordar um Plano de Trabalho especificando os dados e informações necessários, a forma de compartilhamento, as reuniões técnicas de 'data room' e o respectivo cronograma para essas atividades", informa a portaria.
Para iniciar os trabalhos será necessário que a Petrobras forneça os dados e informações necessários "para a definição dos valores das participações e compensação, que serão objeto de obrigação de confidencialidade a ser estabelecida em acordo específico", determina o documento publicado hoje no Diário Oficial da União (DOU).
Todo mês terá que ser realizada reunião incluindo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e o MME.