Mercados estão crescentemente precificando pandemia e recessão, diz Danske Bank
Altamiro Silva Junior
São Paulo
28/02/2020 12h44
"Os mercados aguardam agora as respostas de políticas econômica dos governos", afirma o Danske.
Nos Estados Unidos, por exemplo, eles acreditam que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) pode ter de agir rapidamente e lembram que a próxima reunião de política monetária será nos dias 17 e 18 de março.
Na Ásia, China e Cingapura já anunciaram medidas fiscais e monetárias, mas a zona do euro parece mais relutante. A expectativa é que a Alemanha adote estímulos fiscais, mas a presidente do Banco Central europeu (BCE), Christine Lagarde, minimizou ontem as chances de resposta imediata e disse que a instituição "não deve agir agora".
Se os casos do coronavírus parecem crescer menos dentro da China, o Danske destaca que em outras regiões os números mostram o contrário, com rápida disseminação na Europa e em países como Coreia do Sul.
Nesse ambiente, as bolsas mundiais estão em forte queda desde segunda-feira e o mercado futuro em Chicago já precifica três cortes de juros pelo Fed este ano.