Bancos estão alinhados com auxílio emergencial, diz presidente da Caixa
Thaís Barcellos e Renata Pedini
São Paulo
08/04/2020 11h08
Questionado sobre o pagamento de dívidas em outros bancos com esse dinheiro e sobre um entendimento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) com o governo de que as contas que receberiam esses recursos poderiam ser casadas com as contas que têm essas pendências, Guimarães explicou que a Caixa não fará isso, mas que os bancos privados estão "alinhados".
"Do ponto de vista legal e normativo, é uma prerrogativa do Banco Central, Roberto Campos Neto, presidente do BC, que é meu amigo há muito tempo, é uma discussão dele. Mas não há nenhum tipo de dúvida: Bradesco, Itaú e Santander estão alinhados, querem ajudar. O entendimento é claro: esse dinheiro é para um momento emergencial, independentemente de qualquer dívida da população de cheque especial ou cartão de crédito", disse Guimarães.
O presidente da Caixa ainda disse que 99,9% desses recursos estarão nos cincos grandes bancos, e que há nenhum risco. "Febraban é uma instituição muito séria e alinhada."
Sobre os saques dos recursos, Guimarães afirmou que a Caixa estima que menos de 1% dos beneficiários precisem dessa via, uma vez que quem não tem internet ou celular pode usar o de outra pessoa próxima que não vá receber o auxílio para fazer o cadastro no banco e usar o aplicativo Caixa Tem.
Segundo ele, só na terça-feira, 7, o sistema teve cerca de 115 milhões de acessos, sendo que 20 milhões já fizeram o cadastro. A expectativa, explicou ele, era de 10 milhões de cadastros.
O presidente do banco também destacou que a Caixa está em mais de 5.500 municípios, e que essa capilaridade permite um bom relacionamento com prefeituras e Câmaras de Vereadores, facilitando a chegada dos recursos para todos os beneficiários.