Venda de veículos novos cai 76% em abril e tem pior quadrimestre desde 2006
No primeiro mês completo desde que tiveram início as medidas de isolamento social no Brasil, a venda de veículos novos teve queda de 75,9% em relação a igual mês do ano passado, informou hoje a Fenabrave, federação que reúne as concessionárias espalhadas pelo País.
Em comparação a março, que começou a ser afetado na segunda quinzena pela pandemia do novo coronavírus, o tombo foi de 65,9%.
Foram 55,7 mil unidades vendidas em abril, em soma que considera os veículos leves (automóveis e comerciais leves) e os pesados (caminhões e ônibus). É o menor volume para o mês desde o início da série histórica da Fenabrave, em 2003. Naquele ano, em abril, as vendas somaram 108,3 mil unidades, quase o dobro de abril deste ano.
No acumulado dos primeiros quatro meses de 2020, foram vendidas 613,7 mil unidades, recuo de 26,8% em relação a igual período do ano passado. É o menor volume para o primeiro quadrimestre desde 2006, quando as vendas, de janeiro a abril, somaram 548,5 mil unidades.
O número acumulado de 2020 se aproxima do resultado de 2017, quando o mercado registrou 628,9 mil emplacamentos no primeiro quadrimestre.
Segmentos
Entre os veículos leves, que representam 93% do mercado em abril, as vendas somaram 51,3 mil unidades, baixa de 76,8% ante igual mês do ano passado e recuo de 67% em relação a março. No acumulado do ano, são 583,9 mil unidades, queda de 27,1% na comparação com igual período de 2019.
No caso dos pesados, o mercado de caminhões registrou 3,9 mil emplacamentos no quarto mês do ano, queda de 53,9% na comparação com igual mês do ano passado e de 40% em relação a março. No acumulado do ano, são 24,1 mil unidades, recuo de 19,2%.
No segmento de ônibus, os emplacamentos somaram 460 unidades, contração de 78,5% em relação a abril do ano passado e de 64,4% ante março. De janeiro a abril, foram vendidas 5,7 mil unidades, recuo de 30,9%.
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