Tereza Cristina: Cbio precisa ser mais barato e deve ser mais atraente em breve
Augusto Decker
São Paulo
20/07/2020 08h15
Quanto ao desmatamento da Amazônia, que preocupa especialistas e investidores dentro e fora do Brasil, Tereza Cristina admitiu que há pontos que podem ser corrigidos, mas também disse que a atenção dada ao Brasil é maior do que a países que vivem situações parecidas em outras partes do mundo. "Tem coisas que a gente pode corrigir? Tem, e vamos corrigir e estamos trabalhando. A regularização fundiária é uma forma", afirmou. Ela disse que boa parte da cobrança do exterior vem da propaganda negativa feita sobre o Brasil, "vinda até de brasileiros".
Em relação a planos futuros, Tereza Cristina disse querer retomar as viagens programadas para tentar abrir mercados para os produtos brasileiros. "Fiz compromisso de ir à Tailândia, preciso voltar ao Vietnã - ficamos de abrir mercado para carnes brasileiras, já temos a abertura para frango mas também queremos para bovinos", afirmou. A maior esperança para este ano, disse ela, era a Índia, onde a oportunidade de fazer um trabalho mais efetivo teria sido atrapalhada pela pandemia. "Já gostaria de ter voltado para lá, vejo grandes oportunidades aos produtos brasileiros", afirmou, citando gergelim, grão-de-bico e castanhas.
A ministra foi perguntada também sobre a situação de frigoríficos que exportam para a China, e lembrou que, embora não haja comprovação de transmissão da covid-19 através de alimentos, o gigante asiático tem pedido informações após notícias de casos da doença em plantas brasileiras.