BC: possibilidade de 2ª onda da covid é principal risco nas economias centrais
Fabrício de Castro e Eduardo Rodrigues
Brasília
11/08/2020 10h42
O Banco Central afirmou hoje, por meio da ata do último encontro do Copom (Comitê de Política Monetária), que a possibilidade de uma segunda onda de contágio de covid-19 é o principal risco para a recuperação das economias centrais. Essa seria a principal restrição a uma retomada plena da atividade nesses países.
Na semana passada, o colegiado reduziu a Selic em 0,25 ponto porcentual, de 2,25% para 2,00% ao ano.
De acordo com o documento, os indicadores externos sobre o segundo trimestre não surpreenderam, mas sim evidenciaram que profundidade da crise atual só seria comparável com a Grande Depressão.
"Nesse contexto, apesar de alguns sinais promissores de retomada da atividade nas principais economias e de alguma moderação na volatilidade dos ativos financeiros, o ambiente para as economias emergentes segue desafiador", repetiu o BC. "Há alguns sinais promissores de recuperação que, contudo, se mostra incompleta: a forte retomada no consumo de bens não é acompanhada no setor de serviços", completou a ata.