Inflação ao consumidor deve se elevar no curto prazo, diz ata do BC
Fabrício de Castro e Eduardo Rodrigues
Brasília
22/09/2020 09h40
Essas considerações foram feitas por meio da ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), publicada pela manhã. Na semana passada, o colegiado manteve a Selic (a taxa básica de juros) em 2,00% ao ano, após ter promovido nove cortes consecutivos.
Da reunião do Copom de agosto para a de setembro, algumas pressões inflacionárias ficaram claras, como a verificada na alta do preço do arroz. No documento de hoje, o Copom trata a pressão sobre os alimentos como "temporária".
Na ata, o colegiado também avaliou que os preços administrados devem apresentar "variação contida". Como exemplo, o BC citou "o recuo nas tarifas de plano de saúde em setembro e a queda projetada para o preço da gasolina a partir de outubro".
No mais recente Relatório de Mercado Focus, publicado na segunda-feira, 21, os economistas do mercado financeiro projetaram alta de apenas 0,90% nos preços administrados no acumulado de 2020. No caso de 2021, porém, a expectativa é por elevação de 3,84%.