Inflação britânica vai acelerar no curto prazo, diz presidente do BoE
Sergio Caldas
São Paulo
08/03/2021 09h53
Andrew Bailey também disse que os planos de contingência do BC inglês sobre taxas de juros negativas "não implicam nada sobre as intenções" da instituição de eventualmente adotá-las.
O presidente do BoE afirmou que decisões tomadas sobre as ferramentas da instituição "não devem ser interpretadas como um sinal da futura trajetória da política monetária".
Bailey também disse que a pandemia de covid-19 gerou impactos tanto na demanda quanto na oferta da economia do Reino Unido. "Desta forma, a recuperação precisa ser dos dois elementos", ressaltou.
Segundo Bailey, os danos de longo prazo à economia britânica são incertos, mas deverão ser menores do que em recessões passadas, e provavelmente haverá mudanças estruturais.
Bailey disse ainda que a esperada recuperação econômica do Reino Unido é sustentada pelos juros baixos e pelo programa de relaxamento quantitativo (QE) do BoE, o que "amplamente justifica nossa postura de política monetária" - e reiterou que as compras de ativos da instituição deverão ser concluídas no fim do ano, como previsto.
Ainda no discurso, Bailey disse que perspectiva para a economia britânica é positiva, mas com "altas doses de realismo cauteloso", e descreveu como "encorajador" o fato de que medidas de expectativas de inflação tenham ficado relativamente estáveis no Reino Unido.