FMI: Países ricos fornecem 28% do PIB em apoio na covid; pobres, 2%
Ilana Cardial e Gabriel Bueno da Costa
Em São Paulo
15/06/2021 15h09
Diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Kristalina Georgieva afirmou hoje que países ricos proverão o equivalente a 28% do PIB em fiscal monetário para lidar com os efeitos da pandemia da covid-19, enquanto países pobres darão apoio equivalente a 2% de seus PIBs, já menores.
A declaração foi feita durante evento virtual do próprio FMI, focado na promoção de uma retomada econômica inclusiva.
Relacionadas
"Se você está em um país com forte capacidade de apoiar seus negócios e pessoas, você é mais suscetível a passar por ela (pela pandemia)", disse Georgieva.
A diretoria-gerente do FMI também destacou a importância de se saber "como cobrar impostos" e também usar esse dinheiro para garantir sociedades mais igualitárias.
Ela comentou que, mesmo antes da pandemia, a desigualdade já estava em aumento no mundo, processo exacerbado com a crise de saúde.
Georgieva lembrou do peso desigual dos impactos da pandemia em alguns grupos, como os mais pobres, inclusive as nações menos favorecidas, e também as mulheres.
A diretora-gerente do FMI ressaltou, nesse contexto, que a inclusão é "um imperativo moral", mas também "um imperativo econômico".