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Dólar sobe por exterior e de olho em dados domésticos antes de feriado, PCE dos EUA e Ptax

São Paulo

29/05/2024 09h44

O dólar opera em alta na manhã desta quarta-feira, 29, alinhado à valorização externa da divisa americana e dos rendimentos dos Treasuries de médio e longo prazos. Investidores digerem vários indicadores locais, de inflação, fiscal e mercado de trabalho, enquanto aguardam falas de dirigentes do Federal Reserve à tarde: John Williams, de NY (14h45), e Raphael Bostic, de Atlanta (20h).

O mercado reforça posições defensivas cambiais, diante da valorização externa do dólar frente a outras divisas principais e várias emergentes em manhã com juros sem tendências única dos Treasuries, em queda na ponta curta e elevação nos vértices intermediários e longos.

Além disso, deve ter demanda defensiva por precaução em véspera de feriado de Corpus Christi, amanhã, quando sairá a segunda leitura do PIB dos EUA, além da perspectiva pelos dados de inflação do PCE nos EUA, na sexta-feira, dia de fechamento da última taxa Ptax de maio no mercado cambial.

O setor público consolidado registrou um déficit nominal de R$ 69,638 bilhões em abril. Em março, o resultado nominal havia sido deficitário em R$ 62,981 bilhões e, em abril de 2023, o saldo foi negativo em R$ 25,428 bilhões. No ano até abril, o resultado é de déficit de R$ 224,245 bilhões, ou 6,04% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 12 meses, o déficit nominal nas contas consolidadas do País chegou a R$ 1,043 trilhão - em fevereiro deste ano atingiu o pior resultado nesta base de comparação desde 2021, passando a marca de R$ 1 trilhão. Em porcentual do PIB, o resultado de abril ficou em 9,41%. No final do ano passado, o saldo foi deficitário em R$ 967,417 bilhões - 8,91% do PIB.

Mais cedo, o Banco Central informou também que o setor público teve superávit primário de R$ 6,688 bi em abril, abaixo do piso de R$ 12,4 bilhões em pesquisa do Projeções Broadcast (mediana R$ 16,55 bilhões; teto R$ 37,2 bilhões). A dívida bruta do governo geral ficou em 76,0% do PIB em abril (75,7% em março), enquanto a dívida líquida ficou em 61,2% do PIB em abril (61,1% em março).

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 7,5% no trimestre encerrado em abril, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou abaixo do piso das estimativas de analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que iam de 7,6% a 8,2%, com mediana em 7,7%.

Já o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) subiu 0,89% em maio, após alta de 0,31% em abril, informou há pouco a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado do IGP-M veio acima da mediana de 0,82% das projeções (0,34% a 1,03%). O indicador caiu 0,34% nos últimos 12 meses. No ano, o índice acumula alta de 0,28%. O Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 0,6 ponto em maio, a 94,2 pontos, na série com ajuste sazonal, segundo a FGV. O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) caiu 4,0 pontos em maio, a 91,5 pontos, na série com ajuste sazonal. Com o resultado de hoje, a média móvel trimestral do índice subiu 0,7 ponto.

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, anunciará nesta quarta-feira medidas para reconstrução da agricultura familiar do Rio Grande do Sul, informou a pasta em nota. O detalhamento das medidas será feito em visita ao Estado e após anúncio de novo pacote ao Estado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva às 10h.

No exterior, o euro reduziu perdas ante o dólar após a leitura preliminar do índice de preços ao consumidor (CPI) da Alemanha mostrar aceleração a 2,4% na taxa anual, em linha com o previsto. Sinais de inflação persistente tendem a favorecer expectativas de um ritmo de relaxamento monetário mais lento na zona do euro. Às 9h04 (de Brasília), o euro recuava a US$ 1,0853.

Às 9h20, o dólar à vista subia 0,48%, a R$ 5,1785. O dólar para junho ganhava 0,39%, a R$ 5,180.

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