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Empregos e investimentos nas fábricas de pneus seguem em risco, diz Anip

São Paulo

19/09/2024 16h50

A Anip, entidade que representa a indústria de pneus, disse nesta quinta-feira, 19, que empregos e investimentos no setor seguem em risco após a Câmara de Comércio Exterior (Camex) rejeitar o pedido de elevação, de 16% para 35%, do imposto de importação de pneus de caminhões e ônibus.

Por outro lado, a Camex aprovou, na quarta-feira, o aumento de 16% para 25% na tarifa de importação dos pneus de carros de passeio, o que foi considerado pela entidade como uma decisão "importante". A elevação da alíquota vale inicialmente por 12 meses, e foi pedida pela indústria para frear a entrada de concorrentes do exterior, que já abocanham mais da metade do consumo de pneus no Brasil.

Em posicionamento sobre a decisão da Camex, a Anip informa que vai acompanhar o mercado nos próximos meses para verificar se a medida surtirá, de fato, efeito nas importações. A indústria nacional aponta concorrência desleal de pneus asiáticos, sobretudo chineses. Conforme a Anip, esses produtos chegam a preços inferiores ao custo de produção no Brasil.

Citando um estudo da LCA Consultoria Econômica, a associação diz que pneus da Ásia vendidos no Brasil têm preços, em média, até 69% inferiores aos praticados no mercado internacional. Sem medidas para conter as importações, a indústria brasileira, aponta o estudo, perderá R$ 8,2 bilhões ao ano.

A indústria de pneus no Brasil é composta por 11 empresas e 21 fábricas, que empregam diretamente 32 mil pessoas. Incluindo os fornecedores, o número chega a 500 mil empregos.

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