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Santander: postura do Fed de que salário não preocupa no cenário de inflação pode ser prematura

São Paulo

01/11/2024 12h46

O economista-chefe do Santander para os Estados Unidos, Stephen Stanley, avaliou que a retórica dos membros do Federal Reserve (Fed) de que os salários não são mais uma consideração para o cenário de inflação pode representar uma declaração prematura.

Em relatório, o economista citou que, apesar dos dados fracos de criação de vagas, o indicador dos ganhos por hora registrou um aumento de 0,4% em outubro, o que também aponta para um impacto relevante do furacão.

O período da coleta de outubro foi precoce, já que normalmente teria apontado para um aumento menor. Na análise de Stanley, os trabalhadores por hora com maior probabilidade de terem saído da folha de pagamento em outubro devido aos furacões tendem a ter níveis salariais abaixo da média. Assim, a sua migração temporária para fora do cálculo pode ter impulsionado a média na margem.

Mesmo assim, o ganho de outubro marca um terceiro forte aumento consecutivo. O avanço anualizado de três meses acelerou para 4,5% e o aumento anual subiu para 4,0%.

Diante dos dados, Stanley cita que o melhor a fazer é, provavelmente, apenas esperar até os dados de novembro. "Suspeito que as autoridades do Fed também adotarão uma atitude de esperar para ver", pontuou.

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