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Paulistanos com renda de até 10 mínimos têm mais dificuldade em pagar dívidas

29/08/2011 17h24

SÃO PAULO – O número de famílias paulistanas endividadas, com contas em atraso e sem condições de pagar as dívidas é maior entre aquelas com renda de até dez salários mínimos. Em agosto, 46,2% delas afirmaram que não poderão honrar com o pagamento parcial ou total dos débitos no próximo mês.

Segundo a Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), divulgada pela Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) nesta segunda-feira (29), 29,8% dos entrevistados que recebem até dez mínimos disseram que vão pagar parte do débito e outros 20,2% deverão pagá-lo integralmente.

Considerando as famílias com as contas em atraso e que ganham mais de dez mínimos, 29,4% conseguirão honrar totalmente seus compromissos, mesmo percentual dos que disseram que vão quitar parcialmente. Por outro lado, 41,2% não terão condições de pagar nada.

Do total de inadimplentes, considerando todas as faixas de renda, 45,9% disseram que não terão condições de pagar as dívidas no próximo mês, outros 29,8% conseguirão pagar parte delas e 20,8% afirmaram que arcarão totalmente com os débitos.

Endividados

A pesquisa mostra que, do total de entrevistados, 13,4% disseram que estão muito endividados. Esse percentual é maior entre os que recebem até dez salários mínimos (14,2%) do que entre as famílias com renda superior a esse patamar (9,5%).

De modo geral, 15,2% dos entrevistados estão mais ou menos endividados e 16,5% estão pouco endividados. Em compensação, 53% das famílias não têm dívidas, sendo que, entre aquelas com renda de até dez salários mínimos, o número cai para 50% e, entre aquelas com renda superior a dez mínimos, sobe para 67,3%.

Cartão de crédito lidera

Analisando os tipos de dívida, de maneira geral, o cartão de crédito lidera, com 71,2% das respostas, seguido por carnês, com 23,1%, e crédito pessoal, com 10,1%.

Considerando as faixas de renda, novamente o cartão de crédito aparece no topo da lista, sendo o principal tipo de dívida de 71,7% das famílias que ganham até dez salários mínimos e de 67% das que têm renda acima deste valor.

Já o financiamento de carro endivida mais as famílias que recebem acima de 10 mínimos (20%) dos que as que ganham abaixo disso (7,1%), situação inversa que ocorre com os carnês. Este tipo de dívida é mais comum para as famílias com ganhos até dez mínimos (25,1%).