Quer investir em ações? Saiba por onde começar
27/09/2012 14h59
SÃO PAULO – Com os juros baixos, o investidor deve buscar alternativas para garantir uma rentabilidade maior e muitos especialistas dizem que a bolsa de valores pode ser uma opção. Mas, para quem nunca investiu em renda variável, será que o ideal é começar comprando ações? Ou é melhor começar por aplicações alternativas e depois entrar no mundo acionário?
De acordo com especialistas, o investidor que ainda tem pouco conhecimento e poucos recursos pode começar investindo indiretamente, por meio de fundos de ações, por exemplo. Isso porque, para montar o seu próprio portfólio, com ações de empresas que têm boas chances de se valorizar no longo prazo, é necessário conhecer bem a empresa, os setores e o mercado como um todo.
“O próprio investidor acaba percebendo que um valor pequeno dá mais trabalho, então investir em um fundo de ações é uma saída”, diz o professor do Ibmec, Gilberto Braga.
O analista-chefe da corretora Souza Barros, Clodoir Vieira, concorda. Para ele, os fundos de índices também são uma boa alternativa para quem não quer ter tanto trabalho analisando as empresas e gosta de diversificação.
“Os ETFs (Exchange Traded Funds) são uma boa opção, pois você tem um número maior de ações, o que te dá tranqüilidade em termos de diversificação”, complementa.
As taxas que incidem sobre a compra e venda de uma ação e o dinheiro que o investidor possui para aplicar também são fatores determinantes. Dependendo do valor que será investido, as taxas cobradas pela corretora podem ter um peso muito grande, o que inviabiliza a aplicação direta em ações.
“O ideal para o investidor começar a fazer alguns movimentos e arcar com os custos da corretora seria em torno de R$ 3 mil. Se ele não tem esse valor, pode fazer um investimento programado: Ele pode colocar R$ 300 todo mês no Tesouro e quando passar da cifra de R$ 3 mil ele começa a comprar ações. Seria um período de formação de capital”, sugere Clodoir Vieira.
Seja por meio dos fundos, ou comprando diretamente nos papeis, os especialistas ressaltam que investir no mercado acionário é a uma das melhores maneiras de acumular patrimônio no longo prazo. “A renda variável tem alta volatilidade, mas no longo prazo é mais rentável”, aponta Braga.
O economista-chefe da Souza Barros concorda. Segundo ele, o mercado acionário oferece muitas oportunidades, mas o investidor precisa saber lidar com a volatilidade. Quem opera no longo prazo, por exemplo, não deve se preocupar com oscilações pontuais no preço das ações, desde que os fundamentos e as perspectivas de crescimento continuem inalteradas.
Como escolher uma corretora?
Com tantas opções no mercado alguns investidores ficam em dúvida na hora de escolher uma corretora. A sugestão de Vieira, primeiramente, verificar as taxas e a credibilidade da empresa.
“Nem sempre o melhor preço é o melhor atendimento. O ideal é escolher uma corretora que te ofereça um bom serviço com um preço justo. Para isso, é interessante pegar uma média do mercado e estudar as opções”, afirma Clodoir Vieira.
A BM&FBovespa disponibiliza um passo-a-passo alertando o investidor sobre o que ele deve estar atento na hora da escolhe.
- Crie um esboço do perfil que você criará junto da corretora;
- Entre em contato com uma corretora
- Pergunte quais são os serviços que a corretora oferece;
- Consulte o valor da taxa de corretagem;
- Entre em contato com outras corretoras para comparar preços e serviços.