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Lucro de R$ 11,7 bi do BB é o maior da história, diz consultoria

Da Redação, em São Paulo

17/02/2011 10h09

O lucro do Banco do Brasil (BBAS3) em 2010 foi de R$ 11,7 bilhões, um aumento de mais de 15% em relação a 2009, quando o resultado foi de R$ 10,15 bilhões. Os números de 2010 representam o maior lucro da história de todos os bancos do país.

É o terceiro ano seguido em que o Banco do Brasil conquista o posto de mais lucrativo do país. Em 2009, o recorde de ganhos também foi dele, com R$ 10,15 bilhões, assim como em 2008, com R$ 8,8 bilhões.

O terceiro maior ganho na história é do Itaú Unibanco, também em 2009, com R$ 10,07 bilhões. O Bradesco vem em quarto, com lucro de R$ 10,02 bilhões em 2010.


Os dados são da consultoria Economatica e consideram os relatórios apresentados à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) no fechamento de cada ano. A consultoria não considera ajustes que tenham sido feitos posteriormente.

O Banco do Brasil fechou o quarto trimestre com uma queda de 3,7% no lucro líquido na comparação anual. Mas, em termos recorrentes, a instituição teve resultado acima do esperado pelo mercado.

A maior instituição financeira do país teve lucro líquido de R$ 4,002 bilhões nos três últimos meses do ano passado, ante resultado positivo no mesmo período de 2009 de R$ 4,155 bilhões.

Desconsiderando efeitos extraordinários, o banco teve ganho de R$ 3,7 bilhões, mais que o dobro do R$ 1,819 bilhão obtido um ano antes. Uma média de previsões de oito analistas realizada pela agência de notícias Reuters estimava resultado positivo de R$ 2,85 bilhões para o quarto trimestre de 2010.

Segundo o banco, o resultado recorrente foi apoiado em crescimento de receitas com tarifas, queda nas despesas com provisões para risco de crédito e "reavaliação atuarial de ativos e passivos da Previ-Plano I".

As despesas com provisão para créditos de liquidação duvidosa somaram R$ 2,14 bilhões, uma queda de 27,5% sobre o quarto trimestre de 2009 e recuo de 19% ante o terceiro trimestre de 2010. No ano, essa linha de despesa caiu 8,2%.

Enquanto isso, o índice de inadimplência medido por operações de financiamento vencidas há mais de 90 dias foi de 2,3% no trimestre encerrado em dezembro, comparado a 3,3% no mesmo período de 2009 e 2,7% entre julho e setembro do ano passado.

A queda na inadimplência ocorreu junto com uma alta no nível de empréstimos do Banco do Brasil, cuja carteira de crédito cresceu 19% entre o final de 2009 e 2010, para R$ 358,4 bilhões.

Nos empréstimos concedidos pelo banco, destaca-se a alta de 32% no financiamento de veículos, para R$ 27,395 bilhões. No geral, o crédito à pessoa física avançou 23,2% sobre o final de 2009, enquanto à pessoa jurídica cresceu 19,5%o. Em agronegócios, a carteira cresceu 12,9%, a R$ 75 bilhões.

O Banco do Brasil encerrou 2010 com ativos totais de R$ 811,2 bilhões, 14,5% acima do apurado no ano anterior.

A rentabilidade recorrente sobre patrimônio líquido médio foi de 33,6% no trimestre passado, avançando sobre os 22,5% registrados um ano antes.

As receitas com prestação de serviço somaram R$ 4,227 bilhões nos três meses até dezembro, após R$ 3,606 bilhões no mesmo período de 2009.

(Com informações da Reuters)