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Febre aftosa: Brasil suspende compra de carne fresca e animais vivos do Paraguai

Luana Lourenço

Da Agência Brasil

20/09/2011 20h20

Brasília - O governo brasileiro suspendeu nesta terça-feira (20) a importação de carne in natura e animais vivos do Paraguai, depois que o país vizinho identificou um foco de febre aftosa. Desde segunda (19), autoridades sanitárias reforçaram a fiscalização na fronteira com o Paraguai para tentar impedir a entrada da doença em território brasileiro.

De acordo com o Ministério da Agricultura, estão temporariamente suspensas as compras de animais vivos e produtos in natura provenientes do Paraguai. A categoria de processados não sofreu restrições.

A medida vai afetar principalmente a importação de carne bovina e suína, os dois tipos que o Brasil mais importa do país vizinho. Até julho deste ano, o Brasil comprou 5.500 toneladas do Paraguai, num total de US$ 29,1 milhões. Em 2010, as importações de carne bovina somaram 6.700 toneladas, totalizando US$ 34,6 milhões.

"O Ministério da Agricultura acompanha com atenção a aplicação, pelas autoridades paraguaias, das medidas para  controle, erradicação e investigação do caso. Com o objetivo de contribuir para a erradicação da febre aftosa no continente, as autoridades brasileiras colocaram-se à disposição do governo paraguaio a fim de colaborar tecnicamente e ajudar na execução das medidas a serem desenvolvidas para erradicação dos focos", informou o ministério, por meio de nota.

O foco de febre aftosa foi registrado no departamento de San Pedro, em uma localidade denominada Sargento Loma, a 235 quilômetros de Guaíra, no Paraná, e a 126 quilômetros da fronteira com Mato Grosso do Sul.

Os dois Estados estão sob alerta e tomando medidas emergenciais para tentar a evitar a circulação da doença. Em Santa Catarina, o governo estadual decretou estado de emergência sanitária e também definiu um plano de ação para reforçar vigilância na fronteira.

A Argentina e o Uruguai também suspenderam as importações de carne paraguaia. O governo argentino decidiu antecipar a vacinação do rebanho contra febre aftosa em províncias próximas à fronteira com o Paraguai.