Amazônia ajuda Brasil a ganhar espaço no "novo luxo", diz estilista
Um novo conceito de luxo está sendo valorizado mundo afora, e o Brasil ganha espaço com isso. Essa ideia de luxo inclui cultura, artes, práticas sustentáveis e valorização das características regionais, como produtos da Amazônia feitos por comunidades locais.
A avaliação é do empresário e estilista Oskar Metsavaht, fundador e dono da marca Osklen, de roupas e sapatos. Ele participou de um evento no Rio de Janeiro, na semana passada sobre "O novo luxo", dentro do seminário “Brazil Innovation: A revolution for the 21st century”, promovido pela revista britânica "The Economist".
Para ele, o Brasil se destaca pela sua riqueza imaterial, por suas matrizes culturais e étnicas.
"Hoje o 'Made in Brasil' também é uma imagem que se vende lá fora", diz. "O design sofisticado é luxo. E o novo luxo é a nobreza dos valores éticos. Vivemos numa nova ordem de consumo, e o Brasil está inserido nesta nova ordem com a 'Brazilian Soul' [alma brasileira], o estilo de ser brasileiro e o seu frescor. Temos hoje o ‘Made in Brazil’ e esse mix multicultural é contemporâneo.”
Para Metsavaht, o consumo hoje passa por uma fase de redefinição do luxo. O Brasil, segundo o estilista, tem a oportunidade de se colocar como um país que oferece o novo luxo contrapondo-se ao estilo americano de consumo ou até mesmo o tradicional luxo europeu. "Agora o luxo é sustentável."
O novo luxo valoriza produtos que incluem as comunidades e têm menos impacto para o meio ambiente. "Isso é ser chic e cool", defende o criador da Osklen.
“O chic hoje é comprar um produto de origem sustentável sócio-ambiental. Mas o que é considerado luxo tem um custo. Tem de ser nobre e descolado para entender que é cool [bacana] pagar mais por isso. O estilo de vida contemporâneo é o equilíbrio entre a natureza e o urbano”, declara.
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