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Após intervenção, banco Cruzeiro do Sul diz que vai honrar compromissos

Do UOL, em São Paulo

05/06/2012 11h00

O Cruzeiro do Sul vai honrar todas as obrigações passivas com os clientes, afirmou nesta terça-feira (5) Celso Antunes, responsável do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) pela administração do banco, em teleconferência com analistas.

Antunes afirmou ainda que uma eventual venda do banco dependerá mais da natureza do passivo do que de seu montante.

O Cruzeiro do Sul garantiu que não haverá deságio sobre os títulos de investidores que forem resgatados, e que esses mesmos títulos poderão ser resgatados a qualquer momento.

Agência reduz nota do banco

A agência de avaliação de risco Moody's reduziu a a avaliação do Banco Cruzeiro do Sul, após anúncio de intervenção pelo BC. Segundo a agência, o rating de depósito em moeda estrangeira caiu de "B2" para "CAA", com uma perspectiva de novos rebaixamentos.

Fundo garante até R$ 70 mil por cliente

A intervenção do Banco Central no Banco Cruzeiro do Sul não deve afetar, num primeiro momento, os clientes da instituição, segundo o Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que vai administrar o banco temporariamente.

Segundo comunicado do FGC, as operações de captação do banco, nas modalidades previstas no estatuto do fundo, continuam a ser garantidas até o valor de R$ 70 mil por cliente (CPF ou CNPJ), como acontece com todas as instituições, independentemente de intervenção.

Entre os investimentos que são cobertos pelo fundo estão as aplicações em conta poupança, no CDB e nas LCI (Letras de Crédito Imobiliário), além das letras hipotecárias e as letras de câmbio.

Se um cliente compra um CDB de um banco, por exemplo, isso significa que ele está emprestando dinheiro a essa instituição. Caso a instituição não honre o pagamento ao cliente, o FGC fará esse pagamento, até o limite de R$ 70 mil.

Fundo é administrado pelos próprios bancos

O Banco Central decretou nesta segunda-feira (4) o Regime de Administração Especial Temporária (Raet) no Banco Cruzeiro do Sul por 180 dias, após ter identificado descumprimento de regras do sistema financeiro.

A autoridade monetária também instituiu pelo mesmo prazo o Raet nas empresas do grupo Cruzeiro do Sul, que incluem Cruzeiro do Sul Corretora de Valores e Mercadorias, Cruzeiro do Sul DTVM, e Cruzeiro do Sul Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros.

O FGC é administrado pelos próprios bancos e tem como objetivo garantir os depósitos dos clientes em caso de quebra da instituição financeira.

Segundo o FGC, permanecem garantidos, também, os Depósitos a Prazo com Garantia Especial (DPGEs). Esses depósitos têm garantia especial de até R$ 20 milhões por cliente.

(Com informações da Reuters)