Cobrança judicial de condomínio atrasado dobra em apenas um mês em SP
Levantamento realizado pelo Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP (Sindicato da Habitação) nos fóruns da cidade de São Paulo mostra que o número de ações de cobrança por falta de pagamento da taxa de condomínios praticamente dobrou em apenas um mês.
Em maio, foram registrados 1.018 casos, 92% a mais que as 531 ações ajuizadas em abril. É a maior variação mensal desde janeiro de 2006, quando teve início o acompanhamento dos dados.
O estudo aponta alta também no acumulado deste ano. De janeiro a maio, as 4.537 ações computadas superaram em 15,7% as 3.921 ações totalizadas em igual período do ano passado.
O total protocolado nos cinco primeiros meses do ano ficou muito próximo do registrado no mesmo intervalo dos anos de 2009 (4.501 ações) e 2010 (4.522 ações).
O vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Sindicato, Hubert Gebara, atribui o aumento ao quadro geral de inadimplência atual. E cita o não-pagamento de quase 30% no cartão de crédito e cerca de 20% no refinanciamento do cheque especial, conforme divulgado pelo Banco Central.
Gebara afirma que a queda registrada nos últimos meses deve ser retomada. "Os condôminos receiam ter seus nomes apontados nos serviços de proteção ao crédito."
A recomendação do sindicato é que síndicos e administradoras reforcem as negociações de cobrança, buscando conscientizar os condôminos da importância desse pagamento para a manutenção da saúde financeira do prédio.
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