Cade aprova sem restrições parceria de Cosan e Shell em negócio de US$ 12 bi
O Conselho Administrativo de defesa Econômica (Cade) anunciou nesta quarta-feira (5) a aprovação sem restrições da parceria entre Cosan e Shell para a formação da joint-venture Raízen, a maior produtora de etanol do Brasil, avaliada em US$ 12 bilhões. O Cade já havia adiado a decisão no dia 21 de novembro.
O negócio, anunciado em fevereiro, confirma a tendência de crescimento de investimentos estrangeiros na indústria de biocombustíveis do Brasil. A parceria aprovada inclui também a produção de açúcar, bioenergia a partir do bagaço de cana, além de distribuição e comercialização de combustíveis.
"Não considero necessário ter restrição. Não se vislumbra risco concorrencial imediato", disse o relator do caso, conselheiro Ricardo Ruiz, em seu voto.
Segundo Ruiz, o acordo é uma "operação mundial, com reflexos no Brasil". A Raízen, formada em 2011, produz cerca de 2 bilhões de litros de etanol por ano, além de 4 milhões de toneladas de açúcar, sendo líder na moagem de cana no país. A empresa comercializa 1,5 milhão de MWh de energia elétrica anualmente, segundo informação do seu site.
Recentemente, a empresa anunciou que deverá investir R$ 2 bilhões na construção de unidades de produção de etanol de segunda geração ao longo dos próximos anos. Segundo o órgão antitruste, o acordo aprovado é mais amplo do que a criação da Raízen, já que as empresas têm memorandos de entendimentos para a criação de outras joint ventures.
Divisão da empresa
Pelo acordo anunciado, o valor dos ativos a serem transferidos pela Cosan à associação soma US$ 4,925 bilhões. A companhia ainda vai migrar dívidas líquidas de cerca de US$ 2,524 bilhões.
Enquanto isso, a Shell vai fazer em até dois anos aporte em dinheiro na joint-venture de cerca de US$ 1,625 bilhão e valor "contingente" estimado em US$ 300 milhões ao longo de cinco anos, "a título de contribuição adicional baseada em ganhos futuros da estrutura conjugada".
(Com informações da Reuters)
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