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Receita reduz de 3% para 2,5% previsão de alta da arrecadação em 2013

Do UOL, em São Paulo

22/10/2013 10h44Atualizada em 22/10/2013 11h13

A Receita Federal cortou de 3% para 2,5% a previsão de crescimento real (descontada a inflação) da arrecadação com impostos e contribuições em 2013. A informação foi divulgada nesta terça-feira (22) pelo secretário-adjunto do órgão, Luiz Fernando Teixeira Nunes.

O rebaixamento da previsão leva em conta o baixo crescimento da economia.

Segundo Nunes, essa mudança na estimativa deve-se às alterações em indicadores econômicos. Um deles é o crescimento da produção industrial, que passou de 3,12% em julho, para 2,02% em agosto e para 1,66% neste mês, na comparação com os mesmos períodos de 2012.

O secretário também citou as vendas de bens e serviços, com queda de 1,95% em julho, crescimento de 3,7% em agosto e retração de 0,8% em setembro, no mesmo tipo de comparação.

No acumulado do ano até setembro, o recolhimento de tributos soma R$ 806,446 bilhões, com alta real de apenas 0,89% em relação a igual período do ano assado.

No mesmo período, o governo deixou de arrecadar R$ 58,109 bilhões devido a cortes de tributos oferecidos.

A nova estimativa não considera a possibilidade de a Receita ter uma “entrada extra” de recursos, com a criação de seus programas de refinanciamento de tributos atrasados para empresas, chamado de Refis.

Arrecadação bate recorde em setembro

O governo federal arrecadou R$ 84,212 bilhões em impostos e contribuições em setembro, valor recorde para o mês, informou a Receita Federal nesta terça-feira (22). O número representa alta real de 1,71% sobre igual mês do ano passado.

Sem correção inflacionária, a receita com impostos e contribuições teve alta de 7,67% no nono mês de 2013, ante mesmo período do ano passado, quando a arrecadação somou R$ 78,215 bilhões.

Para Nunes, não há contradição entre a possibilidade de redução na projeção da arrecadação este ano e o recorde registrado em setembro. Isso porque, segundo ele, a arrecadação continuará a crescer.

“Continuamos trabalhando com previsão de aumento na arrecadação, mas com percentual um pouco menor do que aquele com que trabalhávamos inicialmente”, disse.

(Com Agência Brasil e Reuters)