Governo terá mais R$ 2,2 bi para gastar neste ano; foco será Bolsa Família
O governo federal refez suas contas, aumentou a previsão de arrecadação para este ano e liberou mais R$ 2,225 bilhões em gastos em 2013. A informação consta do Relatório de Receitas e Despesas do quinto bimestre, divulgado pelo Ministério do Planejamento nesta sexta-feira (22).
O Poder Executivo ficará com a maior parte desse montante --R$ 2,201 bilhões-- e deve destinará todo esse seu quinhão para o Programa Bolsa Família.
Na divisão dos recursos extras, o Legislativo ficará com R$ 3,8 milhões, o Judiciário, com R$ 15,5 milhões, e, o Ministério Público da União, com R$ 4,6 milhões.
Esses recursos estavam bloqueados. Agora, o bloqueio do orçamento cai para R$ 35,775 bilhões neste ano.
“Após a reavaliação da projeção das receitas e despesas, verificou-se a possibilidade de ampliação dos limites de empenho e de movimentação financeira estabelecidos nas avaliações do terceiro e do quarto bimestres de 2013”, diz o relatório sobre receitas e despesas do ministério.
Previsão da receita ampliada em R$ 16,3 bi com refinanciamento de dívidas
O governo federal ampliou a previsão da receita líquida deste ano em R$ 16,3 bilhões por conta do programa de refinanciamento de dívidas tributárias, em renovado esforço de melhora do caixa num contexto de contas públicas frágeis e com risco de descumprimento da meta de superávit primário.
O governo também aumentou em R$ 14 bilhões a previsão dos gastos obrigatórios, de acordo com o relatório.
PIB mantido em 2,5% e inflação, em 5,7%
A previsão de crescimento da economia foi mantida em 2,5% e a projeção de inflação continuou em 5,7%, segundo o documento.
Já os preços no atacado, medidos pelo IGP-DI, devem ter variação de 5,79% contra 4,79%, informada no relatório anterior.
Câmbio, Selic e petróleo
O prognóstico para o câmbio avançou de R$ 2,09 para R$ 2,14.
O crescimento da massa salarial nominal subiu para 11,43% ante 11,27%, do documento referente ao 4º bimestre.
E a Selic (taxa básica de juros) média utilizada foi mantida a 8,20%.
A projeção para o preço do petróleo subiu de US$ 104,5 para US$ 107,15 o barril, na comparação entre os dois relatórios.
(Com Reuters e Valor)
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