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Aluguel de casa própria para turista mais que dobra após Copa; veja dicas

Aiana Freitas

Do UOL, em São Paulo

24/09/2014 06h00

O número de brasileiros que anunciaram suas próprias casas para alugar no site americano Airbnb mais que dobrou nos último seis meses, indo de 17 mil para 40 mil. O objetivo dessas pessoas é alugar os imóveis por temporada para turistas de dentro e de fora do país e, assim, garantir uma renda extra. Antes de fazer um anúncio do tipo, é preciso tomar alguns cuidados.

O Airbnb chegou ao Brasil em 2012, mas as ofertas de imóveis começaram a crescer neste ano, por causa da Copa do Mundo. Segundo o site, cerca de 120 mil turistas de outros países arrumaram hospedagem nas 12 cidades-sede do evento por meio da plataforma.

Os anfitriões brasileiros faturaram, juntos, cerca de US$ 40 milhões durante a Copa. Durante o período, a média da diária de casas e apartamentos para duas pessoas foi de R$ 330. Algumas pessoas também alugaram apenas quartos ou camas.

"Em abril de 2014 o Airbnb somava pouco mais de 17 mil anúncios espalhados pelo Brasil; hoje, são mais de 40 mil. O crescimento foi influenciado pela demanda da Copa do Mundo e acreditamos que durante a Olimpíada o mesmo vai acontecer", diz o diretor-geral do Airbnb, Christian Gessner.

Site cobra taxa de dono de imóvel e de hóspede

Quem coloca um imóvel para alugar por meio da plataforma não paga pelo anúncio, mas precisa arcar com uma taxa de 3% do valor da reserva. O site também cobra uma taxa de 6% a 12% do hóspede (quanto mais noites reservadas ou maior o preço da diária, menor a taxa).

Assim, no aluguel de um apartamento que custa R$ 100 por noite, o anfitrião irá receber R$ 97 (R$ 3 serão destinados ao Airbnb). O hóspede que alugar esse imóvel irá desembolsar de R$ 106 a R$ 112 (os R$ 6 ou R$ 12 irão para o site).

O pagamento do aluguel é intermediado pelo Airbnb, e o valor só é repassado ao locador depois que o locatário já estiver no imóvel por 24 horas.

O preço é definido pelo dono do imóvel. "Nós recomendamos que o anfitrião faça uma busca por espaços parecidos com o que ele planeja alugar para ver quanto outros usuários estão cobrando", diz Gessner.

É interessante pedir depósito como garantia

O site oferece uma cobertura de danos à propriedade no valor de R$ 1,8 milhão. Esse seguro, porém, tem uma série de limitações (não cobre, por exemplo, danos a obras de arte) e o pagamento é demorado, porque depende da confirmação do ocorrido.

Para ter mais garantias, o proprietário pode pedir um depósito em dinheiro (caução) para cobrir pequenos danos, além de contratar um seguro residencial tradicional.

Além disso, quem aluga imóvel deve tomar alguns cuidados, diz o advogado José Guilherme Dias, especialista em direito imobiliário e sócio do escritório Duarte Garcia, Caselli Guimarães e Terra Advogados.

O mais importante é fazer um contrato. "No contrato de locação, é preciso descrever os imóveis e utensílios que estão o imóvel. É conveniente também fazer um laudo fotográfico do que existe lá", diz. Tudo isso pode servir de garantia na hora de se cobrar por algum dano causado no imóvel.

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