Entenda como é feito o cálculo do PIB e o que é recessão
Do UOL, em São Paulo
28/08/2015 09h16Atualizada em 28/08/2015 11h08
A economia brasileira encolheu 1,9% segundo trimestre deste ano em relação ao trimestre anterior, e 2,6% em relação ao segundo trimestre de 2014, segundo os dados do PIB (Produto Interno Bruto) divulgados nesta sexta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Como a economia já tinha encolhido no primeiro trimestre, considera-se que o Brasil está em recessão técnica.
O PIB (Produto Interno Bruto) é a soma de todos os bens e serviços produzidos em um país durante certo período. Isso inclui do pãozinho até o apartamento de luxo.
O índice só considera os bens e serviços finais, de modo a não calcular a mesma coisa duas vezes. A matéria-prima usada na fabricação não é levada em conta. No caso de um pão, a farinha de trigo usada não entra na contabilidade.
Um carro de 2014, por exemplo, não é computado no PIB de 2015, pois o valor do bem já foi incluído no cálculo daquele outro ano.
Todos contribuímos com o PIB quando consumimos ou produzimos. Quanto mais as pessoas gastam, mais o PIB cresce; se o consumo é menor, o PIB cai. Quando as pessoas ganham mais, pagam menos juros e os preços não sobem tanto, o consumo é maior e o PIB cresce. Com salário baixo, juro alto e inflação, o gasto pessoal cai e o PIB também.
Os investimentos das empresas também influenciam no PIB. Se elas crescem, compram máquinas, contratam gente e movimentam a economia. Mas se o empréstimo estiver caro ou se os empresários não estiverem confiantes, acontece o contrário.
O PIB também depende dos gastos do governo e das exportações. Se o governo constrói uma estrada, por exemplo, contrata operários, compra material de construção e movimenta a economia. E quando o país exporta, entra mais dinheiro e ele é gasto em investimentos e consumo.
Recessão
E o que acontece quando o PIB encolhe ao invés de crescer? Se isso acontece por dois trimestres seguidos, temos uma recessão. A produção diminui, empresas fecham as portas, o desemprego aumenta, o dinheiro das famílias fica mais curto e elas deixam de consumir.