Por Dia da Consciência Negra, Etna deixará de usar nome "criado-mudo"
Renato Pezzotti
Colaboração para o UOL, em São Paulo
20/11/2019 11h04
Resumo da notícia
- Rede de lojas vai abolir o nome de seu catálogo
- Ação pretende promover uma reflexão sobre o racismo no país; nome do móvel vem da época da escravidão no Brasil
- Móvel passará a ser chamado de "mesa de cabeceira" em todas as lojas físicas e no site da marca
A Etna, rede de lojas especializada em móveis e objetos de decoração, vai abolir o nome "criado-mudo" de seu catálogo. A ação estreia hoje (20), Dia da Consciência Negra, e pretende promover uma reflexão sobre a data.
Segundo a marca, a mudança acontece porque o nome do móvel vem da época da escravidão no Brasil. Ele lembra o escravo que passava a noite "tomando conta" dos nobres, ao lado da cama. Por ser um objeto inanimado e ter utilidade equivalente à de um mordomo, passou a ser chamado de criado-mudo.
O móvel, agora, passará a ser chamado de "mesa de cabeceira" em todas as lojas físicas e no site da marca. Confira o filme produzido para divulgar a ação:
A Etna ainda pretende fazer com que outras empresas do segmento também parem de usar o termo. Os fornecedores da varejista também serão convidados a excluírem a nomenclatura das embalagens, manuais e notas fiscais.
A ação foi criada pela agência TracyLocke Brasil.
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