Dono do Madero diz que nunca desmereceu vidas das pessoas
do UOL, em São Paulo
17/05/2020 17h22
Resumo da notícia
- Dono do Madero se envolveu em polêmica quando afirmou, em vídeo, que economia não deveria parar "por conta de 5 ou 7 mil que vão morrer"
- Preocupação, disse Junior Durski, é como empresário, com a economia e com milhões de desempregos
- Empresário afirmou que vendas na rede caíram cerca de 25% em pontos reabertos, mas estão voltando aos poucos
O dono da rede de restaurantes Madero, Junior Durski, disse que nunca desmereceu a vida das pessoas quando criticou as medidas de isolamento adotadas por governos para conter o avanço do novo coronavírus. O empresário também afirmou que as vendas nas lojas da marca caíram cerca de 25% nos pontos reabertos em algumas cidades, mas estão voltando aos poucos.
"Nunca desmereci o valor de uma vida e não é o que eu acredito. O que eu quis dizer é minha preocupação como empresário é também com a economia e com os milhões de desempregos", disse o dono da Medero em entrevista à Exame, sobre a polêmica em que se envolveu quando afirmou, em vídeo, que "não podemos parar por conta de 5 ou 7 mil que vão morrer".
Segundo Durski, o movimento nos restaurantes está voltando aos poucos. "Estamos retomando o movimento aos poucos, apesar de entender que as pessoas estão sofrendo com a crise econômica", disse.
O empresário afirmou que a Madero tem atualmente 33 unidades abertas em shoppings de Santa Catarina, ruas do Paraná e uma unidade no Mato Grosso do Sul.
"As pessoas estão em pânico e sumindo de todos os comércios, não apenas do Madero", afirmou. "Vou à feira três vezes por semana. Hoje mesmo fui e perguntei para uma feirante como estão os negócios. Ela está vendendo 50% menos", disse o empresário à Exame. "Se quem trabalha com alimentação está registrando, queda imagine como está nos demais setores".
Segundo o dono do Madero, os deliveries representam 35% das vendas consideradas normais antes da pandemia.
O empresário contou que demitiu 600 funcionários, de trainees a arquitetos e engenheiros, envolvidos em projetos de expansão para a abertura de 45 novos restaurantes este ano. Segundo ele, apenas a retomada da economia pode permitir a recontratação dessas pessoas.