Pandemia reduziu reajustes salariais no 1º semestre em 28%, diz pesquisa
Boletim produzido pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e divulgado hoje apontou algumas das principais mudanças nas negociações trabalhistas coletivas ao longo do primeiro semestre, afetado pela pandemia do novo coronavírus.
Segundo o documento, o número de cláusulas relativas a reajuste salarial foi 28% menor ao registrado no mesmo período de 2019. Foram 2.970 reajustes registrados no Sistema Mediador do departamento nos primeiros seis meses do ano passado, contra 2.153 da primeira metade deste ano.
Foram registradas quedas em todos os meses. As maiores vieram em maio (-39%) e abril (-41%), quando a menor foi em junho (-5%).
"A queda no número de reajustes pode ser resultado de mudança do objeto das negociações coletivas, que passaram a focar questões relativas à pandemia da covid-19", avalia o boletim.
"Muitos instrumentos coletivos analisados pelo Dieese abordaram o tema da pandemia nas cláusulas contratuais. E diversos documentos incluíram cláusulas que informavam o adiamento das negociações dos reajustes salariais para o pós-pandemia", acrescentou o documento.
Entre março (início da pandemia no país) e junho, foram registrados 7.398 instrumentos coletivos no Mediador. Destes, 55% (4.082) registraram cláusulas ligadas ao novo coronavírus.
Também segundo o Dieese, "a maior parte dos instrumentos com cláusulas sobre a covid-19 foi negociada pelo setores dos serviços (43%) e da indústria (41%)". Já entre as atividades, o maior número de instrumentos coletivos está ligado à indústria metalúrgica (17%).
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