Pequena empresa pode ter mais prazo para pagar ajuda recebida na pandemia
Antonio Temóteo e Giulia Fontes
Do UOL, em Brasília e São Paulo
09/03/2021 12h49Atualizada em 16/03/2021 09h56
O governo federal decidiu, na segunda-feira (8), permitir que bancos ampliem o período de carência para o pagamento de empréstimos concedidos a micro e pequenas empresas pelo Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte). Com isso, o prazo máximo para pagamento da primeira parcela pode passar de oito para onze meses.
A prorrogação, porém, não é automática nem garantida. A empresa devedora precisa entrar em contato com o banco do qual tomou o empréstimo e pedir o adiamento do vencimento. É o banco que vai decidir se aceita ou não.
O Pronampe foi criado no ano passado para auxiliar empresas de pequeno porte durante a crise causada pela pandemia de covid-19. O dinheiro foi oferecido pelos próprios bancos, mas com garantia de um fundo público, o FGO (Fundo Garantidor de Operações). A concessão de empréstimos aconteceu em 2021, e agora os empresários têm que pagá-los.
Empresas pediram mais prazo
A prorrogação da carência era uma reivindicação de empresários, já que os clientes que pegaram financiamentos no início do programa já têm que começar a pagar as parcelas. Com o agravamento da pandemia de covid-19, muitos afirmam que não têm condições de honrar os compromissos agora.
O Pronampe ofereceu R$ 37 bilhões em financiamentos para que empresas pudessem fazer investimentos ou pagar despesas operacionais. Os empréstimos têm prazo máximo de pagamento de 36 meses.