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Marcos Rogério aprova Haddad: 'Mais no caminho do Guedes que do Planalto'

Do UOL, em São Paulo

04/07/2023 12h05

O senador bolsonarista Marcos Rogério (PL-RO) disse aprovar o ministro Fernando Haddad (Fazenda) em participação no UOL Entrevista hoje e disse que o petista "surpreendeu positivamente" em sua gestão à frente do ministério.

Para o parlamentar, o que era esperado de Haddad é que ele seguisse mais a linha de governos de esquerda na condução da economia e, apesar de dizer não concordar com o ministro, Rogério reconhece que o chefe da Fazenda está "cauteloso".

Hoje eu vejo ele mais no caminho do Paulo Guedes do que do Palácio do Planalto. Não quer dizer que eu concorde com ele, mas o que eu estou dizendo é que ele surpreendeu positivamente nesse aspecto. Ele está sendo mais conservador do que era esperado. Esperava-se dele alguém com a visão mais à esquerda, com essa visão de que o Estado tem que ser mais gastador mesmo. Senador Marcos Rogério (PL-RO)

O senador disse, no entanto, que Haddad "jamais" terá o "padrão" de Paulo Guedes. "Ele está sendo alguém que está agindo com cautela. No padrão Paulo Guedes, jamais, mas, para aquilo que se esperava dele, ele não tem sido o extremo que muitos achavam que seria."

Chapa Tarcísio-Michelle é 'fruto de sonhos', diz Marcos Rogério

Marcos Rogério também falou sobre a possibilidade de uma chapa formada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) para 2026. Na avaliação dele, a composição ainda é "fruto de sonhos".

"Tem muita gente querendo fabricar a chapa da direita, mas quem é da direita mesmo ainda não sentou para discutir isso. É preciso dar tempo ao tempo", afirmou Marcos Rogério.

Essa composição é mais fruto de sonhos, de pensamentos que se materializam nas redes sociais, do que qualquer articulação. Não há nenhuma articulação ou encaminhamento nesse sentido. Nesse momento, o foco está no Bolsonaro, nos recursos que ele ainda vai apresentar. A eleição de 2026 passa pela de 2024, essa vem primeiro.

Senador diz que reunião com embaixadores 'não ajudou nada'

Questionado sobre a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Marcos Rogério disse que, se estivesse no lugar do ex-chefe do Executivo, não teria feito a reunião com embaixadores que rendeu a ele a derrota no TSE.

Se eu estivesse na condição [de presidente], eu não teria feito [a reunião com embaixadores]. Porque não acrescentou nada, não ajudou em nada. Mas daí você classificar isso como um crime, como potencial para gerar uma inelegibilidade. Respeitosamente, é algo que não combina.

O julgamento que tirou os direitos do ex-presidente de disputar eleições até 2030 terminou na última sexta-feira (30). O placar ficou em 5 a 2 contra Bolsonaro — os ministros Kassio Nunes Marques e Raul Araújo votaram contra a inelegibilidade.

Marcos Rogério: É 'exagero' chamar diálogo de Lawand e Cid de 'trama de golpe'

O senador também comentou os diálogos que foram interceptados pela PF no celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Em uma das conversas, o coronel Jean Lawand Júnior escreveu a Cid que Bolsonaro precisaria dar a "ordem". Caso isso não ocorresse, o coronel afirmou que "não tem como ser cumprida".

Para Marcos Rogério, a conversa expôs um "relação de amizade" entre Lawand e Cid.

"É o diálogo de dois militares que tem, ao longo da carreira uma relação de amizade, que estavam em uma conversa privada. Isso tem contornos no aspecto disciplinar", disse.

Agora, querer dar uma dimensão de trama de golpe nessa conversa. Com todo respeito, há um exagero exacerbado em relação a isso.

Confira a íntegra do UOL Entrevista

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