Bolsa sobe e dólar cai com dividendos da Petrobras e data para pacote
Lílian Cunha
Colaboração para o UOL
22/11/2024 10h14Atualizada em 22/11/2024 10h14
A Bolsa de Valores de São Paulo começa esta sexta-feira (22), em elevação e o dólar em queda, com os investidores repercutindo os dividendos da Petrobras (PETR3 e PETR4) e o possível anúncio do pacote de corte de gastos na semana que vem.
O que está acontecendo
A Bolsa de Valores de São Paulo abriu em alta de 0,85%. O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, valoriza para 127.996 pontos.
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O dólar comercial era negociado em ligeira queda de 0,02%, vendido a R$ 5,810. O turismo era vendido em baixa de 0,19%, para R$ 6,027.
O anúncio do pacote de corte de gastos já tem data e deve ser divulgado na segunda (25) ou terça-feira (26).
Ao fim da reunião de segunda-feira nós estaremos prontos para divulgar. Se faremos isso na própria segunda ou na terça é uma decisão que a comunicação vai tomar, mas os atos já estão minutados
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad
O ministro afirmou na noite desta quinta-feira (21) que o governo federal será capaz de alcançar o resultado primário projetado para este ano. Portanto, não fará alterações na meta, sendo que o bloqueio de gastos para este ano deve superar R$ 5 bilhões.
Petrobras
Também na noite de ontem, a Petrobras aprovou o pagamento de dividendos extraordinários no valor de R$ 20 bilhões. São R$ 15,6 bilhões como dividendos intermediários, com base na reserva de remuneração do capital, e R$ 4,4 bilhões como dividendos intercalares.
Isso equivale a R$ 1,55 por ação ordinária e preferencial da companhia. Desse montante, R$ 15,6 bilhões vêm da reserva de remuneração e capital da estatal, como dividendos intermediários, e os R$ 4,4 bilhões restantes têm relação com os chamados dividendos intercalares.
A empresa anunciou que seu Plano Estratégico 2025-2029 terá investimento menor. Para 2025, o plano é de US$ 18,5 bilhões, queda de 11,9% ante os US$ 21 bilhões previstos para o período no último plano.
Para todo o período 2025-2029, a estatal estima investimentos de US$ 111 bilhões. No período anterior havia sido de US$ 102 bilhões, com planejamento até 2028. Ou seja, houve aumento de 8,8%. O plano, em sim, não é surpresa para o mercado. "Os principais detalhes foram confirmados anteriormente pela empresa, e acreditamos que a maioria das mudanças já eram esperadas pelo mercado", publicou o Goldman Sachs. O valor dos dividendos, segundo o banco, veio um pouco abaixo do que se esperava, mas ainda em linha com as expectativas.