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Veste: importação de roupas não afeta mercado de alta renda

Alexandre Garcia

Colaboração para o UOL, de São Paulo

10/04/2024 04h00

O CEO da Veste, Alexandre Afrange, disse que a importação de roupas não afeta as lojas do grupo, destinadas para clientes de alta renda. O conglomerado é dono das varejistas Dudalina, Le Lis, John John e BO.BÔ e foi convidado do "UOL Líderes", videocast do UOL Economia.

O que ele disse

Consumidores das lojas não são os mesmos das plataformas. Na entrevista, o executivo afirmou que os consumidores das plataformas chinesas não são os mesmos que procuram por produtos em lojas da Veste.

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Nosso público é de mais alta renda, o que traz uma certa segurança diante de movimentações macroeconômicas, que acabam nos afetando de maneira mais branda por estarmos em um segmento mais resiliente da população.
Alexandre Afrange, CEO da Veste

Produtos vendidos nas plataformas não impactam vendas das marcas. Afrange explicou que o programa Remessa Conforme, criado para a isenção de importações com valor inferior a US$ 50, não afeta os negócios do grupo. Ainda assim, ele defendeu a necessidade de uma reforma tributária para beneficiar o setor da moda no Brasil.

Esse modelo não afeta o nosso segmento diretamente, porque trabalhamos com o público de alta renda, mas entendo que deveria ter uma taxação sobre esses produtos importados para existir uma igualdade tributária.
Alexandre Afrange, CEO da Veste

Preço é condizente com o produto oferecido. Ele também negou que as peças das marcas tenham preços elevados e disse que o preço é condizente com todas as etapas de produção. O CEO da Veste citou a atual cotação do dólar para arcar com a matéria-prima importada e a tributação que incide sobre a indústria nacional como fatores que impactam nos valores finais dos produtos.

Desoneração da folha de pagamento não preocupa, mas pode encarecer os produtos. Ao comentar sobre o possível fim da desoneração da folha de pagamentos da categoria, o executivo observou que o movimento não é resultado de preocupação. Afrange, no entanto, vê a decisão com potencial para encarecer toda a cadeia que integra o ramo da confecção.

Foco na qualidade

Produtos de primeira linha. Segundo o CEO da Veste, a empresa está comprometida com a qualidade das roupas que integram as marcas do grupo. Afrange vê a decisão como outro diferencial sobre os produtos importados.

Um dos diferenciais para essas plataformas chineses, que têm esse 'ultra fast fashion', no qual você compra a mercadoria, usa e aquilo vira um resíduo. Nossas peças são produzidas com muita qualidade e têm uma durabilidade grande.
Alexandre Afrange, CEO da Veste

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