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Nossas lojas são centros de entretenimento, diz CEO da Ri Happy

Alexandre Garcia

Colaboração para o UOL, de São Paulo

24/04/2024 04h00

O CEO do Grupo Ri Happy, Thiago Rebello, disse que a venda de brinquedos é apenas uma das atividades oferecidas pelas lojas da rede. Ele classifica os espaços como centros de entretenimento para suprir a falta de opções de lazer para as crianças. O executivo foi convidado do "UOL Líderes", videocast do UOL Economia.

Segundo Rebello, o processo de adaptação das unidades da Ri Happy e da PBKids passa por razões para as famílias visitarem as lojas, mesmo sem a intenção inicial de realizar compras. O processo conta com eventos de brincadeiras, trocas de figurinhas e a criação de ambientes para peças de teatro e festas infantis.

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Existe uma carência de espaços para levar as crianças. Então, as pessoas vão para lá se divertir. Nesses momentos, o espaço físico deixa de ser uma loja e vira um parque. A gente entende que o nosso negócio não é sobre brinquedo, mas sobre diversão.
Thiago Rebello, CEO da Ri Happy

O executivo reconheceu o aumento da procura de brinquedos pela internet. Ele, no entanto, avaliou que a experiência sensorial ainda faz das lojas o melhor lugar para comprar os produtos para as crianças.

Em parte dos produtos, não só brinquedos, a experiência física ainda vale mais a pena. Nas lojas, você pode testar, conversar sobre o produto, tocar nele e saber as reais dimensões. Comprar um carro, por exemplo, ainda é mais legal na concessionária, testando e sentindo o cheiro. Essa mesma jornada vale para nós.
Thiago Rebello, CEO da Ri Happy

Ele também disse trabalhar para manter os preços competitivos nas lojas do grupo em meio a disputa com os vendedores digitais. Sobre a concorrência com as redes chinesas, Rebello demonstrou preocupação com a qualidade dos brinquedos que chegam ao Brasil sem atender às normas do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).

Rebello falou ainda a repeito dos próximos passos de expansão da Ri Happy e da PBKids. O CEO revelou que a rede projeta crescer entre 10% e 15% neste ano e foca na interiorização da marca, com a abertura de lojas em cidades com menos de 100 mil habitantes.

Filtro por tendências

Na entrevista, Rebello também revelou que o grupo faz o mapeamento das redes sociais para identificar tendências de consumo infantil. Segundo o executivo, a iniciativa resulta na fabricação de produtos de marca própria, responsável por mais de 10% das vendas da rede.

A gente desenha as linhas, escolhe, faz várias viagens para fora, para feiras, para onde temos desenvolvedores. Temos uma parceria muito grande com fornecedores e com os licenciadores, e muitos produtos nascem dessa triangulação.
Thiago Rebello, CEO da Ri Happy

Os influenciadores sociais também são contratados para a publicidade do grupo Ri Happy. Para o executivo, a estratégia visa aumentar a geração de demanda pelos novos produtos da marca.

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