Como Elon Musk ficou bilionário? Primeiro negócio foi aos 12 anos

O bilionário sul-africano Elon Musk, dono da Tesla, SpaceX e X, antigo Twitter, foi considerado a pessoa mais rica do mundo em 2022, com uma fortuna estimada em US$ 219 bilhões (R$ 1,021 trilhão), de acordo com ranking da revista norte-americana Forbes.

Segundo a revista, a maior parte do patrimônio de Musk vem da montadora de veículos elétricos Tesla, da qual detém 23% das ações. A outra fonte de riqueza do homem mais rico da história moderna é a SpaceX. Em 2023, durante a oferta pública de ações, a empresa foi avaliada em U$ 180 bilhões, segundo a Bloomberg.

Mas como Elon Musk conquistou sua fortuna? Para responder essa pergunta é importante conhecer um pouco da história deste que é um dos empresários mais bem sucedidos do mundo.

Família e formação

Elon Musk nasceu em uma família de classe rica em Pretória, na África do Sul, filho da nutricionista e modelo Maye Musk com Errol Musk, um engenheiro mecânico, piloto de aviões e empresário. Na separação do casal, seu irmão mais novo e sua irmã decidiram que ficariam com a mãe, enquanto Elon foi morar com o pai.

Muito antes de se tornar o homem mais rico do mundo, Musk aprendeu programação sozinho quando era criança, ainda na África do Sul. Aos 12, fechou seu primeiro negócio ao escrever o código de videogame e o vender para a revista PC and Office Technology, por US$ 500.

Aos 17 anos, Musk mudou-se para o Canadá e trabalhou em uma série de trabalhos braçais, como limpador de boilers e cortador de madeira para pagar as contas e se matricular na Queen's University, onde começou a vender peças de computador e PCs completos para outros alunos.

Dois anos depois, ele conseguiu se transferir para a Universidade da Pensilvânia. Lá, formou-se em economia e física. Seus bons resultados acadêmicos lhe garantiram uma vaga para fazer doutorado em Stanford, mas ele deixou a universidade em poucos dias para construir uma startup com seu irmão Kimbal.

Como Elon Musk ficou rico?

Kimbal e Elon Musk criaram o Zip2, um software de guia da cidade para jornais, com US$ 28.000 em capital inicial "emprestado" pelo seu pai. Em 1999, os irmãos venderam o Zip2 por US$ 307 milhões. Musk ficou com US$ 22 milhões da venda.

O empresário investiu mais da metade de seus ganhos no cofundador do X.com, um serviço de pagamentos online. A empresa adquirida pelo sul-africano se fundiu com sua principal rival e tornou-se PayPal, com Musk como acionista majoritário. Em 2002, o eBay comprou o PayPal e Musk lucrou US$ 180 milhões.

Com apenas 31 anos, Musk já acumulava um patrimônio de US$ 165 milhões. Em maio de 2002, com US$ 100 milhões de sua fortuna pessoal, Musk criou a Space Exploration Technologies, ou SpaceX, que possui o plano ambicioso de espalhar a civilização humana pelo espaço.

Logo depois, ele foi cofundador da Tesla, fabricante de carros elétricos. Um empréstimo de US$ 456 milhões do governo dos EUA salvou a Tesla da falência em 2008. Dois anos depois, a empresa se tornou a primeira montadora americana a ter suas ações negociadas na bolsa desde a Ford, em 1956.

Musk também é cofundador da SolarCity, fornecedora de sistemas de energia solar, além da empresa Boring Company, que se dedica a explorar o subsolo.

Quase falência

No final de 2008, Musk se divorciou de sua primeira esposa e isso mexeu com suas finanças. Musk chegou a dizer que "ficou sem dinheiro" e estava vivendo de empréstimos de amigos enquanto tentava manter suas empresas funcionando.

As coisas só se reestabeleceram quando a Tesla estreou na bolsa de valores, em 2010, fazendo a fortuna de Musk disparar. Em 2012, ele apareceu pela primeira na lista dos mais ricos da Forbes, com um patrimônio líquido de US$ 2 bilhões.

Twitter

Em abril de 2022, Musk iniciou investimentos em mais um ramo de negócios, ao comprar o Twitter por US$ 44 bilhões (cerca de R$ 214 bilhões). O empresário é conhecido por defender "livre expressão" na plataforma e já criticou algumas medidas do Twitter no passado.

Elon Musk ainda é dona da Starlink, empresa que está construindo uma constelação de satélites em órbita baixa da Terra para fornecer cobertura global de internet.

Desde 2019, já foram lançados em torno de 5.500 satélites no espaço. Existem planos ambiciosos de lançar milhares mais nos próximos anos. Com tantos satélites, fotos de astrônomos e telescópios estão sendo prejudicadas.

O serviço está disponível em pelo menos 30 países e funciona por meio de uma antena, de aparência semelhante a uma parabólica, pequena, que os usuários instalam em suas residências ou empresas. A empresa, no entanto, não tem valor de mercado divulgado.