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Haddad critica especulação e diz que fiscal será o melhor em 10 anos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad Imagem: 24.mai.2024-André Ribeiro/TheNews2/Estadão Conteúdo

Gabriel Máximo

Colaboração para o UOL, em Brasília (DF)

26/06/2024 18h36Atualizada em 26/06/2024 18h50

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou na tarde desta quarta-feira (26) os movimentos especulativos no mercado financeiro brasileiro diante dos resultados econômicos já demonstrados pelo atual governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O que Haddad disse

Haddad reclamou que as projeções do mercado financeiro para a economia não condizem com os resultados já exibidos pelo governo. O ministro conversou com jornalistas após a reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional) na qual a meta de inflação foi mantida em 3% para 2025.

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Não têm consistência essas projeções [do mercado]. Vamos soltar o Relatório Fiscal do primeiro semestre em 22 de julho. É o terceiro bimestre do ano que vai trazer números completamente consistentes com as projeções da Secretaria de Política Econômica. Com o trabalho que está sendo entregue, possivelmente, em 2024 vamos ter o melhor resultado fiscal dos últimos 10 anos.
Fernando Haddad

Para justificar sua argumentação, o ministro acrescentou que a inflação está sob controle.

Só estamos tendo notícia de que a inflação é declinante no Brasil. Não estou vendo sinal de apreensão em relação ao compromisso do Banco Central e do governo com o atingimento das metas. [...] Lembrando que durante o seu mandato, o presidente Lula cumpriu, se eu não me engano todos os anos, mas quase todos os anos as metas estabelecidas nos seus oito anos, não está sendo diferente nesses dois primeiros anos do seu governo. No ano passado, a inflação ficou abaixo de 4,75%, e neste ano ficará abaixo de 4,5%, declinando, como os números parciais corroboram.
Fernando Haddad

O ministro também quis diferenciar o que o governo atual tem feito de atitudes de adminsitrações anteriores.

Considero que quando você não paga as suas obrigações, você está pedalando, né? Antigamente, falava em pedalada era considerado crime, agora não é mais, né? Houve [no governo Jair Bolsonaro] uma pedalada da Previdência, dos benefícios sociais, dos precatórios, do calote nos governadores. Nós não estamos fazendo superávit dando calote em ninguém. Nós estamos ajustando as contas com a maior transparência possível. Tudo está sendo contabilizado na forma da lei.
Fernando Haddad

Haddad esclareceu que o encontro do diretor do BC Gabriel Galípolo com Lula na terça (25) foi "trivial". A reunião levantou questionamentos no mercado financeiro sobre o papel do governo na definição da meta de inflação, que seria discutida pelo CMN nesta tarde.

Ontem, foi feito um pedido da Casa Civil para esclarecer um item do decreto [da meta] que já estava negociado com o BC. Então, quando Guilherme Melo e Gabriel Galípolo, autorizado pelo Roberto Campos, vão ao Palácio do Planalto, é pra esclarecer ao presidente da República a respeito de um item do decreto, que vem a ser o prazo de seis meses a partir do qual se a inflação tiver fora da banda cabe ao BC encaminhar uma carta e estabelecer uma trajetória desejável para trazer para banda e depois para o centro da meta. Aconteceu uma reunião absolutamente trivial no Palácio do Planalto, com o diretor do BC que cuidou disso pelo Banco Central e com o secretário da Fazenda que cuidou disso pelo Ministério da Fazenda. Então as especulações do porquê um estava e o outro não estava não fazem o menor sentido.
Fernando Haddad

O ministro reclamou que acontecimentos como esse têm sido usados para especulação no mercado financeiro.

Nós fizemos [a reunião] no mesmo dia do decreto, junto com o decreto, pra evitar especulação. Tem havido muita especulação no mercado e isso está prejudicando as pessoas. O que foi decidido hoje foi o que foi pactuado um ano atrás. Usamos esse tempo todo para entender como é que se procedia mundo afora, para oferecer ao país o que tem de melhor e mais moderno.
Fernando Haddad

Haddad defendeu, ainda, a estratégia fiscal do governo.

O arcabouço fiscal de um lado e o decreto da meta contínua do outro estabelecem, tanto do ponto de vista fiscal quanto do ponto de vista de política monetária um novo horizonte macroeconômico pro Brasil.
Fernando Haddad

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