Ninguém está aumentando a carga tributária, diz Haddad
Do UOL, em São Paulo
27/06/2024 16h02
O ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT), disse que o governo não está aumentando a carga tributária e sim corrigindo desequilíbrios fiscais. Haddad discursou durante reunião do CDESS (Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável da Presidência da República), que ocorre nesta quinta-feira (27) em Brasília.
O que ele disse
Haddad disse que ninguém está aumentando a carga tributária. O ministro disse que há "um equívoco interpretativo" sobre o tema.
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Ninguém está aumentando carga tributária. Não se criou imposto, não se aumentou uma alíquota. O que se fez é corrigir desequilíbrios fiscais, renúncias fiscais apontadas recentemente no relatório do TCU. Pessoas que detinham riqueza excessiva pagavam zero de imposto de renda. Várias leis foram aprimoradas sempre democraticamente, ninguém impôs ao Congresso uma agenda.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda
Brasil tem problema fiscal desde 2015, disse o ministro. Haddad disse que a receita do país caiu 2% em no PIB nos últimos anos devido às renúncias fiscais. Disse também que o redesenho de políticas públicas será analisado de modo de que não prejudique a população mais pobre do país.
Estamos há dez anos com problema fiscal. O senhor [presidente Lula] resolveu enfrentar essa questão e nunca desautorizou o Ministério da Fazenda na busca do equilíbrio das contas, pelo lado da receita, sim. A nossa receita caiu 2% do PIB pelas renúncias fiscais nos últimos anos. Mas também pelo redesenho das políticas públicas, que está encomendada pelo presidente Lula, que vai ter a sabedoria de saber o que fazer e o que não fazer para não prejudicar a população mais pobre desse país.
Ministro pediu apoio do conselho em regulamentação da reforma tributária. "Peço a esse conselho que use da sua influência positiva sobre o Congresso Nacional para que a regulamentação a ser aprovada daqui a 15 dias tenha a mesma qualidade da PEC. Evitando excepcionalidades, que fariam a alíquota padrão do imposto sobre o consumo subir, e não cair como é nosso desejo."