Americanas: PF tenta prender ex-dirigentes, mas não os encontra; veja vídeo
Do UOL, em São Paulo
27/06/2024 07h56Atualizada em 27/06/2024 09h35
A Polícia Federal faz operação na manhã de hoje (27), no Rio de Janeiro, contra ex-diretores das Americanas por fraudes nos balanços da varejista que somam R$ 25,3 bilhões.
O que aconteceu
Alvos de mandados de prisão preventiva, dois ex-diretores não foram encontrados no Rio. São eles: Miguel Gutierrez, ex-CEO da varejista, e a ex-diretora Anna Saicali, segundo noticiou a Folha e confirmou o UOL. A PF não divulgou os nomes.
Ex-diretores não foram localizadas porque estão em viagem ao exterior. A informação foi divulgada pelo MPF, que também participa da força-tarefa.
Ex-presidente da Americanas se mudou para a Espanha após escândalo nas contas da varejista. A notícia é da agência Bloomberg e foi publicada em janeiro.
Operação mira ao menos 14 ex-dirigentes das Americanas no Rio. A PF também cumpre 15 mandados de busca e apreensão nas casas dos ex-diretores. A Justiça do Rio também mandou bloquear bens e valores dos alvos da operação que somam mais de R$ 500 milhões.
Empresários são acusados de fraudes contábeis de risco sacado. Essa prática consiste em uma operação na qual varejistas conseguem antecipar o pagamento a fornecedores por meio de empréstimo junto aos bancos.
A investigação também apura a contabilização pelas Americanas de contratos falsos. Nesse caso, a PF diz ter identificado fraudes envolvendo contratos de VPC (Verba de Propaganda Cooperada. Segundo a corporação, esses contratos nunca existiram.
Há ainda suspeita de prática o crime de manipulação de mercado. O grupo também teria feito uso de informação privilegiada da varejista, com indícios de associação criminosa e lavagem de dinheiro.
As Americanas dizem que confiam nas investigações da PF e do MPF. A varejista afirma que foi vítima de fraude por sua antiga diretoria, que "manipulou dolosamente os controles internos existentes". "As Americanas acreditam na Justiça e aguardam a conclusão das investigações para responsabilizar judicialmente todos os envolvidos", disse a empresa, em nota ao UOL.