Bolsa fecha em alta, perto dos 129 mil pontos

A Bolsa de Valores de São Paulo fechou o pregão desta sexta-feira (12) em alta. Por volta das 15h, chegou ao patamar dos 129 mil pontos, que o Ibovespa havia perdido desde 8 de maio. Mas terminou o dia subindo 0,47%, indo a um pouco abaixo desse limite, ficando em 128.897,36 pontos, segundo dados preliminares. Esta foi a décima alta consecutiva do Ibovespa. O dólar terminou o dia em queda de 0,20%, indo para R$ 5,430. Confira a cotação em tempo real aqui.

O que aconteceu?

O índice de preços ao produtor (PPI na sigla em inglês) subiu mais do que o esperado em junho. Um dos indicadores de inflação dos EUA, divulgado nesta sexta pela manhã, pelo Bureau of Labor Statistics do Departamento do Trabalho.

O PPI subiu 0,2% no mês passado. O mercado esperava um aumento de 0,1% para o índice. O indicador mostra a variação nos preços médios recebidos pelos produtores nacionais de bens e serviços.

Mas o mercado considerou o dado "morno". Para os analistas, ele não interfere na tendência que o CPI indicou na quinta-feira (11). O índice de preços ao consumidor de junho teve queda. Em relação a maio, o CPI, que mede a inflação oficial americana, caiu 0,1% e desacelerou para 3% na comparação com junho de 2023 — abaixo das estimativas do mercado de alta de 0,1% e 3,1%. Com isso, o Ibovespa fechou em alta na quinta de 0,85%, aos 128.294 pontos.

Qual pesa mais?

Para o Itaú BBA, o CPI é o que dita os mercados. Além disso, globalmente, vem acontecendo um movimento de desinflação gradual, principalmente em serviços. Isso, segundo o banco, permite que ciclo de corte de juros com cautela comece a acontecer, principalmente nos Estados Unidos. Para o banco, o primeiro corte, por lá, deve começar em setembro (no cenário anterior, a expectativa era dezembro).

E no Brasil?

Se os juros americanos caírem, aqui também devem cair. Juros menores atraem investimentos para as empresas e a Bolsa reage positivamente.

Hoje, aqui também foi divulgado outro dado morno. O índice de atividade do setor de serviços. O total ficou estável em maio em comparação com abril, na série com ajuste sazonal. O dado foi divulgado mais cedo pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Após dois meses seguidos de alta, houve essa estabilidade. Na comparação com maio de 2023, o setor teve expansão de 0,8%. No acumulado nos quatro primeiros meses do ano, o volume de serviços cresceu 2% frente ao mesmo período do ano anterior. Já nos últimos 12 meses, o avanço foi de 1,3%.

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