Grupo Griletto: Consumidor quer saber origem da comida e alimento saudável
Claudia Varella
Colaboração para o UOL, em São Paulo
29/07/2024 14h20
O consumidor quer ter uma alimentação mais saudável e também saber a origem dos alimentos. "São duas preocupações que nós temos. Não só marketing, como também de produto. O pessoal que desenvolve produto tem olhado muito isso", declarou Ricardo José Alves, 52, sócio fundador e CEO da Halipar, ao "UOL Líderes", videocast do UOL Economia que entrevista líderes do mundo empresarial.
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A Halipar (Holding de Alimentação e Participações) é dona das marcas Griletto, Montana Grill, Jin Jin e Croasonho. As redes têm, juntas, cerca de 400 franquias. No ano passado, a empresa faturou R$ 850 milhões.
O consumidor, apesar de ele ainda não consumir tanto esse produto, ele almeja consumir. Tanto que nós já fizemos pesquisa, onde as pessoas falam: 'Eu queria ter uma alimentação mais saudável'. Mas você tem? 'Não, eu não tenho, mas eu queria ter'. Então, acho que cabe a gente também dar essas opções dessa alimentação mais saudável.
Ricardo José Alves, CEO da Halipar
De onde vêm os alimentos
Na entrevista, Alvez disse que o consumidor tem o desejo de saber a origem do que está comendo. "Tem até o 'farm-to-table' ['da fazenda para a mesa', na tradução do conceito]. Então, a gente tem que mostrar para ele a cadeia: de onde vem aquela carne que ele está comendo, que é uma coisa saudável, os vegetais frescos", afirmou.
A gente está falando de alimentação comum, que você pode fazer na sua casa, em qualquer lugar. Então, você quer estar confortável de fazer isso fora do lar.
Ricardo José Alves, CEO da Halipar
Mudança no cardápio
A empresa faz mudanças no cardápio duas vezes por ano. "Em todas essas mudanças, a gente acrescenta um prato, substitui outro, sempre colocando alguma inovação. Nós temos muitos consumidores habituais que também querem alguma coisa de inovação", afirmou.
A Halipar tem a preocupação de não entrar em modismos. "Sempre a gente está olhando o mercado como um todo, se preocupando muito para não entrar em modismos. Porque no nosso mercado, vire e mexe, surgem alguns modismos de alguns produtos, época de um, época de outro", afirmou Alves, na entrevista.
Acho que hoje é muito importante a gente ter um negócio que seja perene, que vai durar por um tempo. Temos franqueados que investem o seu dinheiro, estão acreditando na marca. Então, a gente tem que ter um cuidado muito grande com esses parceiros para não colocá-los também em alguns modismos.
Ricardo José Alves, CEO da Halipar
Delivery é uma venda adicional
"O delivery não é tão grande hoje, mas é uma venda adicional que ajuda muito", afirmou Alves, na entrevista. Segundo ele, o delivery representa em torno de 10% do faturamento, mas já foi de 100% na pandemia.
O delivery para nós chegou a representar, na época em que os shoppings estavam fechados, 100% das vendas. Hoje, não. Já é uma venda agregada, uma venda complementar. Mas ainda é importante e ficou. Uma venda que nós não tínhamos no pré-pandemia, hoje a gente tem.
Ricardo José Alves, CEO da Halipar
Praça de alimentação sem "cara de refeitório"
O CEO da Halipar disse que as praças de alimentação dos shoppings não terão mais "cara de refeitório".
Todos os shoppings novos já têm saído com uma decoração muito mais amigável. Não tem mais aquelas mesas todas iguais, as cadeiras grudadas; tudo que remete a um refeitório. Hoje em dia a gente vê que vão criando nichos dentro da praça, alguns ambientes, você já vê uma vegetação, tipos de móveis mais quentes, usando muito mais madeira. Antigamente, era tudo muito colorido.
Ricardo José Alves, CEO da Halipar
Para melhorar a jornada do consumidor, a Halipar tem investido em tecnologia. "Hoje, nós já temos tecnologia que a pessoa chega, senta, faz o seu pedido pelo smartphone e, a hora que o pedido ficar pronto, já recebe uma mensagem que o prato pode ser retirado. Então, melhora muito a jornada. Do mesmo jeito que totens de atendimento", afirmou.