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Delfim Netto teve apenas uma filha e um neto; conheça herdeiros

Colaboração para o UOL

13/08/2024 11h52

Antônio Delfim Netto teve uma história que caminhou junto com importantes marcos na história do Brasil. Ministro, deputado, professor e um dos economistas mais importantes do país, ele nasceu em São Paulo, onde estudou economia e iniciou sua trajetória. Ao morrer nesta segunda (12), deixou a esposa, uma filha e um neto.

Os herdeiros

Delfim Netto homenageou corrente do socialismo ao nomear a filha. Leitor assíduo de socialistas fabianos, Delfim Netto escolheu o nome Fabiana para a filha. A vertente de pensamento admirada por Delfim teve origem na Inglaterra e defendia uma passagem gradual para o socialismo.

Empresária e discreta. Fabiana Delfim não costuma fazer aparições públicas. Em parceira com a estilista Giuliana Romanno, foi responsável pela administração e pelas estratégias comerciais da grife que levava o nome da sócia, no ramo da moda. Após 10 anos de operação, a empresa encerrou as atividades em 2018. Na ocasião, Fabiana estava morando em Londres, na Inglaterra.

Em setembro de 2023, Fabiana Delfim, filha de Delfim Netto, participou da inauguração de exposição dedicada ao pai na FEA-USP Imagem: Divulgação/FEAUSP

Avô coruja. O neto de Delfim, Rafael, nasceu quando o avô tinha mais de 80 anos. Segundo perfil da revista Piauí publicado em 2014, as fotos de Rafael enchiam o gabinete de Delfim Netto.

Sobrinho advogado envolvido em polêmicas. Luiz Appolonio Neto, sobrinho de Delfim, foi alvo de investigação em 2016 por ter recebido R$ 240 mil em seu escritório em São Paulo. Segundo Appolonio Neto, o valor, enviado pela empreiteira Odebrecht, foi recebido "a pedido do tio" e repassado a Delfim Netto.

Dois casamentos. Delfim Netto foi casado com Mercedes Saporski Delfim, que morreu em 2011 aos 93 anos, e atualmente era casado com Gervásia Diório.

Fabiana Delfim e seu pai, Delfim Netto, em 2007 Imagem: João Sal/Folhapress

O que aconteceu

Antônio Delfim Netto morreu aos 96 anos, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, na última segunda-feira (12). O ex-ministro estava internado desde o dia 5 de agosto e, segundo sua assessoria, morreu "em decorrências de complicações no seu quadro de saúde".

Trajetória acadêmica e política. Professor, economista, político e diplomata brasileiro, Delfim Netto foi o nome à frente do chamado "milagre econômico", conjunto de medidas aplicado entre as décadas de 1960 e 1970 e que fez a economia brasileira crescer cerca de 11% ao ano. Por outro lado, o período também ficou marcado pelo aumento da concentração de renda no Brasil

Relação com a ditadura. Delfim Netto comandou o Ministério da Fazenda durante boa parte da ditadura militar no Brasil e foi um dos signatários do Ato Institucional Nº 5, de dezembro de 1968, que endureceu o regime militar e permitiu a perseguição a rivais políticos do governo.

Delfim Netto, ministro da Fazenda (1967 a 1974) e do Planejamento (1979 a 1985), considerado o "pai" do "milagre econômico", do lado do general Augusto José Presgrave (II Exército) Imagem: Reprodução/Folhapress

Investigações e denúncia. Em 2018, Delfim Netto foi citado em delação premiada durante a Operação Lava Jato e acusado de receber cerca de R$ 15 milhões como propina durante a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Na investigação, ele afirmou que os valores recebidos durante a construção da usina foram pagos graças à consultoria prestada por ele para a criação do consórcio que venceu o leilão do estabelecimento.

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