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CNU: Prova teve mais de 50% de abstenção, diz governo

O presidente Lula e a ministra da Gestão, Esther Dweck, na sala de monitoramento do Enem dos concursos Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em Brasília

18/08/2024 19h54

A ministra da Gestão, Esther Dweck afirmou neste domingo (18) que o Concurso Nacional Unificado foi realizado sem grandes intercorrências e que cerca de 1 milhão dos mais de 2,1 milhões de inscritos realizaram a prova hoje.

Tivemos cerca de 1 milhão de pessoas que realizaram efetivamente a prova hoje
Esther Dweck, ministra da Gestão

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O que aconteceu

Cerca de um milhão de brasileiros realizaram a prova do Concurso Nacional Unificado. Trata-se do primeiro concurso do tipo organizado pelo governo federal e que tem o objetivo de unificar e aprimorar a seleção de servidores para 21 órgãos do governo federal. O CNU estava previsto para ser realizado em 5 de maio, mas foi adiado para 18 de agosto após as enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul.

Para ministra, taxa de abstenção ficou dentro do esperado e foi até menor do que a de outros concursos. Apesar de indicar que menos da metade das pessoas realizaram a prova, a ministra da Gestão afirmou que o percentual de abstenção não ficou acima do que é registrado em outros concursos públicos com número alto de inscritos.

Ministra relembrou concurso recente do Banco Central, que segundo ela teve 62% de abstenção. Ainda segundo Esther, a média de concursos menores é de 44% de abstenção e de concursos maiores, a média fica em torno de 50%.

DF registrou menor abstenção e Ceará a maior. Ministra citou as unidades da federação, mas não quis divulgar ainda os percentuais exatos. Além disso, ela afirmou que o maior percentual de abstenção foi registrado entre os candidatos do nível de ensino médio, que também eram as que tinha maior relação de candidatos por vaga.

A gente ficou até abaixo de algumas taxas de abstenção de outros concursos recentes, o que, para a gente, foi uma surpresa muito positiva, dada a envergadura desse concurso
Esther Dweck, ministra da Gestão.

O que nos surpreenderia era se fosse um número muito acima de 50%, o que não é o caso. Tem uma média em torno de 44% em concursos pequenos, tinha experiência do Banco Central de 62% e tinham concursos grandes em torno de 50%. É uma questão da lógica das pessoas que se inscrevem para fazer concurso público e os motivos são os mais variados possíveis.
Esther Dweck, ministra da Gestão.

Desclassificados

Cerca de 500 pessoas foram desclassificadas por terem desrespeitado regras. Número inclui pessoas que levaram o caderno de prova e que adotaram outras medidas que estavam previstas no edital que levariam à desclassificação. Número representa 0,05% dos candidatos.

Intercorrências foram registradas em 0,2% dos locais de prova. Segundo Esther Dwerck foram registradas somente pequenas intercorrências, como falta de energia em alguns locais de prova que não impediu a realização do certame. Segundo a ministra locais estavam com boa iluminação e também conseguiram retomar a energia em pouco tempo. Em apenas um local foi registrado um tumulto causado por um candidato, mas que foi resolvido sem prejudicar a aplicação da prova.

Teve um caso de um tumulto inicial e essa pessoa foi retirada. Foram coisas muito pequenas, em termos de locais de prova foi 0,2% que tiveram alguma coisa, mas nada que afetasse a realização da prova, foram coisas que atrasou um pouco
Esther Dweck, ministra da Gestão

Ministra destacou o alcance da prova e o fato de terem conseguido atrair pessoas de todo o país. Segundo Esther Dweck, somente 10 cidades do país não registraram pessoas inscritas na prova.

Ao todo, governo mobilizou cerca de 200 mil profissionais para a realização do concurso neste domingo e nos dias anteriores. Em Brasília, acompanharam a realização da prova da sala de situação montada no Dataprev até o encerramento da prova os ministros Esther Dweck (Gestão) e Jorge Messias (AGU). Também estavam no local o diretor-adjunto da Abin, Mauro Cepik, o coordenador-geral de logística do concurso, Alexandre Retamal, o diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Antônio Fernando Oliveira e o presidente dos Correios, Fabiano Silva.

São 6.640 vagas, com salários que podem chegar a R$ 22,9 mil. O primeiro turno de provas começou às 9h (horário de Brasília) e terminou às 11h30. À tarde, os portões ficam abertos das 13h às 14h, e as provas recomeçam às 14h30. O prazo para finalizar a prova acaba às 17h30, mas os participantes podem sair a partir das 16h30.

No caso das pessoas com deficiência, foi concedido um prazo maior e as provas para esse público encerraram às 19h.

Inscrições

Mulheres foram a maioria de inscritas. Público feminino representou 56,2% das inscrições. Dentre os candidatos, 415,4 mil solicitaram cotas raciais e 10,3 mil indígenas se inscreveram. Além disso, segundo o Ministério da Gestão, 44 mil pessoas inscritas afirmaram ter alguma deficiência, serem autistas, gestantes, lactantes e terem outras limitações funcionais e necessidade de adaptações para realização das provas.

Provas foram aplicadas em 228 cidades de todos os estados e no DF. A prova tem questões objetivas específicas e dissertativas, por área de atuação. A divulgação dos resultados das provas objetivas e preliminares das provas discursivas e redações será realizada em 8 de outubro. O resultado definitivo será anunciado em 21 de novembro. Já a convocação para posse começará em janeiro de 2025.

Correios terminaram de distribuir provas na manhã deste domingo. A operação envolveu números grandiosos: 20 mil malotes entregues em mais de 3.500 locais, em duas horas, totalizando 170 toneladas. Para que todas as provas chegassem ao destino final, desde o início da operação, a empresa percorreu mais de 153 mil quilômetros — o que equivale a quase quatro voltas completas na Terra.

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