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Suas joias rendem empréstimo mais barato: como funciona o penhor da Caixa?

Elida Oliveira

Colaboração para o UOL, em São Paulo

12/09/2024 05h30

Quem tem joias e precisa de um empréstimo rápido pode ter acesso ao crédito por meio do penhor de bens valiosos. A Caixa oferece esse serviço para itens como anéis, colares, pulseiras e demais joias, além de canetas e relógios. Com a valorização do ouro, que chegou a valores recordes, o penhor de joias se tornou um pouco mais atrativo: é possível pegar mais dinheiro emprestado com o mesmo bem.

Como é o penhor de joias da Caixa?

O penhor de joias da Caixa funciona como um empréstimo, tendo os bens como garantia de pagamento. O cliente interessado deve levar o item até uma agência habilitada, apresentar RG e CPF e comprovante de residência. Segundo a Caixa, são aceitos itens como joias e objetos confeccionados em ouro, prata, pérola, relógios, moedas e canetas de alto valor.

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Um funcionário especializado da Caixa irá analisar o produto, garantir a autenticidade e avaliar quanto vale aquela joia ou bem de valor. Segundo a Caixa, diversos critérios são considerados nessa análise, como o teor do metal nobre, características e adornos da peça. Ouro in natura, ou de garimpo, não é aceito no penhor.

É possível receber o dinheiro na hora. O cliente pode optar por ter acesso a todo o valor disponível após a avaliação da joia, ou a parte dele. Quem optar por ter acesso ao crédito de parte da joia, e precisar de mais dinheiro depois, pode pedir a contratação do valor residual a qualquer momento, segundo a Caixa.

Nem todas as agências da Caixa oferecem esse serviço. Ao todo, são 465 agências pelo país que trabalham com o penhor. Para encontrar onde há penhor de joias, é possível consultar o endereço das agências no site da Caixa, neste link, selecionando o tipo de atendimento "Agências com Penhor", o estado e a cidade.

A joia fica em segurança na Caixa.

Há duas modalidades de penhor: a tradicional, com amortização única, e a parcelada. No penhor tradicional, o valor mínimo disponível para empréstimo é de R$ 50, com prazo de pagamento de um a 180 dias. Esse tipo de contrato pode ser renovado quantas vezes forem necessárias. No parcelado, o mínimo é R$ 100, com prazo de pagamento de dois a 60 meses.

Quem pode pedir esse empréstimo?

O penhor da Caixa está disponível para qualquer pessoa acima de 18 anos, mesmo que tenha nome sujo. Não é preciso ter conta na Caixa para ter acesso ao serviço. O interessado deverá apresentar RG, CPF e um comprovante de residência atual.

Quais são as taxas de juros?

O penhor tradicional cobra juros de 2,19% ao mês, enquanto o parcelado é de 3,75% ao mês. Embora esses juros estejam próximos a outras linhas de crédito oferecidas pela Caixa, são mais atraentes se comparados a outros bancos.

  • Caixa: consignado privado tem taxa mensal de 2%, e o público, de 1,49%. O empréstimo pessoal não consignado custa 1,93% de juros ao mês.
  • Banco do Brasil: a taxa mensal do consignado privado é de 2,09%, e do público, de 1,73%. O empréstimo pessoal tem taxas de 3,91%.
  • Bradesco: o crédito consignado privado tem taxas de juros mensais de 2,74%, e o público de 1,67%. Já o empréstimo pessoal tem taxas mensais de 5,48%.
  • Itaú: a taxa mensal do crédito consignado é de 2,9% e de 1,66% no público, enquanto o empréstimo pessoal custa 3,83% mensais.

Confira as taxas de todos os bancos aqui.

Quais as vantagens e riscos de penhorar um bem na Caixa?

A vantagem desta linha de crédito é que não há necessidade de análise cadastral.

No entanto, há riscos. Caso o cliente não consiga quitar o empréstimo, ele perde a posse do bem, e o item penhorado passa a ficar em posse da Caixa.

Após 30 dias de atraso, a Caixa dá início ao processo de leilão do bem dado como garantia. No leilão, o bem pode ser arrematado por pessoa física ou pessoa jurídica. Se a joia for vendida por um valor maior que o equivalente à dívida, a Caixa repassa o valor excedente ao cliente.

O que muda com a valorização do ouro para quem já tem um penhor ativo?

Quando há atualização do valor de cotação pela Caixa, o cliente pode renovar seu contrato e ainda ganhar troco. Isso significa que o ajuste no preço do ouro leva à valorização da joia e, com isso, o cliente pode ter acesso a mais recursos do que o avaliado anteriormente. Para isso, é preciso renovar o contrato de penhor. Segundo a Caixa, o banco acompanha os mercados interno e externo e atualiza as tabelas de avaliação sempre que a cotação do metal está estável.

Neste ano, a cotação do ouro atingiu o recorde histórico. Ultrapassou US$ 2.500 por onça-troy (equivalente a 28 gramas), maior valor desde 1833. O minério de ouro (GOLD ou XAUUSD) subiu 21,18% desde o início de 2024, de acordo com Gianluca Di Mattina, especialista em investimentos da Hike Capital.

Instabilidade aumentou preço do metal. De acordo com Gianluca Di Mattina, especialista em investimentos da Hike Capital, essa valorização se deve às instabilidades econômicas e geopolíticas, desvalorização do dólar, medo de maior desvalorização dos demais câmbios, inflação, e até pela demanda de Bancos Centrais de mercados emergentes, que compram ouro em busca de um investimento mais seguro, explica o especialista.

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