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Veja quem comanda Enel no Brasil; na Itália, presidente já foi preso

Guilherme Lencastre é o presidente da Enel em São Paulo Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo (SP)

17/10/2024 05h30

A Enel é uma empresa italiana que está no foco do noticiário por causa do apagão que atingiu São Paulo. Segundo a companhia, 36 mil imóveis continuam sem energia elétrica desde sexta-feira (11), em São Paulo. Atualmente, a operação de São Paulo é presidida por Guilherme Lencastre. O diretor executivo (CEO) da companhia é Antonio Scala e o diretor financeiro (CFO), Francesco Tutoli. Conheça quem manda na empresa:

Presidente: Guilherme Lencastre

Presidente da Enel São Paulo desde julho de 2024, Guilherme Lencastre é formado em engenharia civil pela PUC-RJ. De acordo com o LinkedIn do executivo, sua relação com energia começou em 1998, quando era analista sênior de finanças na Endesa, empresa comprada pela Enel em 2007.

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Lencastre trabalhou na Endesa por quase 17 anos e chegou ao cargo de diretor-executivo (CEO). Em dezembro de 2014, se tornou head de infraestrutura e redes na Enel, no Rio de Janeiro. Em abril de 2021, se tornou presidente do conselho de administração da Enel em São Paulo.

Diretor-executivo: Antonio Scala

Scala é o atual diretor-executivo (CEO) da Enel Brasil. O executivo é formado em administração de empresas pela faculdade italiana Luiss Guido Carli University. Scala entrou na Enel em 2009 na Itália. Depois disso, atuou como head de diversas áreas em diferentes empresas do grupo, como Enel Energia, Enel Global Trading e Enel Green Power.

Antes da Enel, Scala trabalhou na Gucci e na McKinsey & Company. Na última empresa, sua atuação tinha foco na área de eletricidade e gás e finanças corporativas.

Diretor financeiro: Francesco Tutoli

Tutoli é o atual diretor financeiro (CFO) da Enel Brasil. O executivo é graduado em Administração e Gerenciamento de Negócios pela italiana Università degli Studi di Napoli Federico II.

Segundo a Enel, tem mais de 20 anos de experiência em finanças, planejamento e controle em vários contextos de negócios da Enel. Atuou como diretor de planejamento e controle da Enel Brasil, diretor financeiro da Enel Argentina e diretor de planejamento e controle da unidade de energias renováveis da Enel na América Latina, com atuação no Brasil e Uruguai.

Enel na Itália

Enel é uma empresa italiana. A empresa é comandada por Paolo Scaroni, presidente da Enel, que já foi preso pela operação Mãos Limpas na Itália. O atual diretor-executivo (CEO) global da companhia é Flavio Cattaneo.

Presidente da Enel: Paolo Scaroni

Scaroni é o atual presidente do Conselho de Administração da Enel, desde maio de 2023. Formado em economia pela Universidade Bocconi, em Milão, começou a trabalhar na Enel em 2002 como diretor-executivo. Ficou no cargo até 2005.

De maio de 2005 até 2014, foi diretor-executivo da petrolífera italiana Eni. De 2014 a 2023, trabalhou no Grupo Rothschild e voltou a Enel.

Scaroni foi preso em 1992 na operação Mãos Limpas, na Itália. O executivo cumpriu pena de um ano e quatro meses por pagamento de subornos a terceiros para conseguir comprar contratos da Enel, segundo a imprensa italiana. Alguns anos depois, em 2002, assumiu como diretor-executivo da fornecedora de energia.

Diretor-executivo global: Flavio Cattaneo

Cattaneo é o diretor-executivo global da Enel desde maio de 2023. O executivo trabalhou na Enel Ibeira e na Endesa. Cattaneo é formado em arquitetura pela universidade Politecnico di Milano.

Cattaneo se encontrou com o presidente Lula. Em junho, ambos participaram de um evento do G7 na Itália. Na época, Lula afirmou que havia uma intenção de renovar o contrato de concessão com a Enel caso a empresa aumentasse os investimentos no país. No mês seguinte, Cattaneo esteve em Brasília.

Privatização

A distribuição de energia elétrica em São Paulo é privatizada desde 1998. O processo de desestatização do setor no estado começou durante a gestão do então governador Mário Covas.

A italiana Enel comprou a Eletropaulo em 2018. Enel aceitou pagar R$ 45,22 por ação da Eletropaulo, em um total de 122,79 milhões de papéis da companhia, que possuía cerca de 167,3 milhões de ações em circulação.

Após a homologação da compra, em dezembro de 2018, a AES Eletropaulo foi renomeada para Enel São Paulo, nome que carrega atualmente.

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