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Bolsa oscila perto da estabilidade e dólar sobe nesta sexta-feira

Lílian Cunha

Colaboração para o UOL

25/10/2024 10h39Atualizada em 25/10/2024 16h02

A Bolsa de Valores de São Paulo trabalha nesta sexta-feira (25) oscilando entre quedas e altas. Por volta de 16h, o Ibovespa estava em leve alta de 0,01%, com 130.084 pontos, por volta do meio-dia.

O dólar tinha alta de 0,78%, indo a R$ 5,707. O dólar turismo ia a R$ 5,91. O medo de que Donald Trump vença as eleições nos Estados Unidos ainda pressiona a moeda.

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O que está acontecendo?

As ações da Vale (VALE3) são o destaque deste pregão. A mineradora teve queda no seu lucro líquido do terceiro trimestre, mas a ação está em alta. Os US$ 2,412 bilhões ficaram 15% abaixo do que o registrado entre julho, agosto e setembro de 2023 e 13% inferior na comparação com o segundo trimestre.

Tudo culpa da desaceleração da economia chinesa. O minério de ferro abaixo dos US$ 100 por tonelada afetou o resultado, mas foi parcialmente compensado pela produção recorde, a maior desde o quarto trimestre de 2018.

O mercado, entretanto, tem o que comemorar, pois previa um resultado bem pior. O lucro acabou ficando 41% acima do previsto, que era de US$ 1,709 bilhões. Além disso, o minério de ferro fechou em alta de 2,81% em Dalian, na China. Por isso, VALE3 — que responde por 11,32% do Ibovespa — ia para R$ 62,12 com ,alta de 4,05% no horário.

Mariana

O governo federal formalizou por volta das 12h desta sexta o acordo de R$ 170 bilhões para reparação de danos decorrentes do rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG). O ponto central é o pagamento de R$ 132 bilhões em recursos novos pelas empresas envolvidas na tragédia. A barragem do Fundão estava sob a responsabilidade da Samarco - controlada pelas mineradoras Vale (brasileira) e BHP Billiton (anglo-australiana).

Foram quase nove anos para chegar a esse entendimento. O rompimento da barragem de Fundão, em 5 de novembro de 2015, é considerado o desastre industrial que causou o maior impacto ambiental da história brasileira e o maior do mundo envolvendo barragens de rejeitos. O acordo extinguiu 146 ações judiciais e 15 inquéritos civis, segundo documento.

Dólar

A escalada do dólar continua agressiva, respondendo ao cenário internacional. O mercado teme que a inflação possa voltar nos EUA se Trump vencer as eleições no dia 5 de novembro. Trump prega um crescimento mais robusto da economia dos EUA, com mais tarifas de importação sobre os produtos estrangeiros — o que impulsionaria a alta de preços. Consequentemente, haveria taxas de juros mais elevadas no caso de ele ganhar a eleição. Isso afasta investidores de Bolsas emergentes, como o Brasil. No momento, o índice DXY, que mede a variação do dólar em relação a seis moedas, está em 104,2, com alta de 0,18%.

Mais balanço

Outro fator que ajuda hoje é o balanço da Usiminas (USIM5). A companhia teve lucro líquido de R$ 185 milhões no terceiro trimestre, revertendo o prejuízo de R$ 166 milhões reportado no mesmo período de 2023.

A companhia também teve lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, em inglês) de R$ 426 milhões. No terceiro trimestre do ano passado, o indicador ficou negativo em R$ 20 milhões.

Juro altos?

Na Rússia, o Banco Central acaba de elevar sua em 200 pontos base, para 21% ao ano.

Lembrete

No fim da tarde, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) define a bandeira tarifária de novembro.

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