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Petrobras avalia elevar gasolina, mas governo resistirá, diz ministro

16/03/2011 17h35

BRASÍLIA, 16 de março (Reuters) - O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, indicou que a Petrobras (PETR4) avalia a possibilidade de elevar os preços dos combustíveis, seguindo a alta do petróleo, mas destacou que o governo não trabalha com esse cenário.

"A gente não está trabalhando com a hipótese de aumento de gasolina neste momento. Vamos até quando for suportável, a Petrobras está estudando isso, nós resistiremos.", disse Lobão a jornalistas ao ser questionado sobre o assunto.

"Não há interesse do governo de promover qualquer aumento. Da empresa, pode haver, do governo não. Não estou dizendo que há (interesse da empresa), mas que até pode haver".

Segundo Lobão, o governo só aceitaria eventual aumento se o petróleo atingisse patamares elevados.

"É claro, se o barril de petróleo atingir patamares elevadíssimos, coisa que não se prevê, e não se suponha que venha acontecer, aí é o caso de se rever o assunto", disse Lobão, sem especificar qual seria o patamar elevado.

Alguns analistas acreditam que a Petrobras já deveria estar preparando um reajuste nos preços, preocupados principalmente, com o robusto plano de investimentos da estatal, da ordem de US$ 224 bilhões entre 2010-2014 e que está sendo revisado.

O petróleo negociado no mercado norte-americano ultrapassou o valor de US$ 100 em fevereiro. Após o terremoto no Japão, o combustível vem perdendo valor, mas oscilando próximo a esse preço.

A política de preços da estatal prevê não transferir a volatilidade do mercado internacional para o interno, fazendo ajustes apenas quando o preço da commodity atinge um outro patamar e se mantém estável por um tempo.