Queda de ações de elétricas é da natureza das Bolsas, diz Lobão
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta quinta-feira (13) que a queda das ações das empresas elétricas após o pacote de redução de tarifas anunciado pelo governo nesta semana faz parte do comportamento dos mercados e estimou que em breve os papéis voltarão à normalidade.
"É da natureza das Bolsas", afirmou o ministro durante o Programa Bom Dia Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). "Daqui a pouco as ações voltam a seus patamares normais", acrescentou.
Na quarta-feira, o IEE, índice que reúne ações das empresas do setor de energia elétrica despencou 8,17%. O indicador exibia alta de 0,81% nos primeiros negócios desta quinta-feira.
Redução de ICMS
No programa, Lobão voltou a defender redução de alíquotas de ICMS cobrado pelos Estados nas contas de energia elétrica. Segundo o ministro, essa negociação, porém, deve ser feita pelo Ministério da Fazenda, por meio do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), "e tentar convencê-los (Estados) a reduzir um pouco o ICMS, que é um tributo muito elevado", disse.
Ele acrescentou que "qualquer que seja a redução, influenciaria bastante na conta de luz". Ele afirmou, inclusive, que o tema deverá ser discutido na próxima reuniao do Confaz. Lobão disse que as alíquotas de ICMS variam, nos Estados de cerca de 20% a mais de 30%.
O ministro afirmou que os Estados já estão reclamando do efeito de queda de arrecadação do ICMS que será gerado com a redução das tarifas de energia a partir do próximo ano.
Pacote
No pacote anunciado terça-feira, o governo anunciou uma redução média de 20,2% nas tarifas de energia elétrica, por meio do corte ou eliminação de encargos e pela renovaçao condicionada das concessões de energia elétrica que venceriam entre 2015 e 2017.
O ministro afirmou que a redução nos preços da energia chegará aos produtos industrializados comprados pelos consumidores, "que ganharão duas vezes". Na entrevista, Lobão disse que a redução nas tarifas de energia já está ajudando a manter investimentos industriais.
Ele citou o caso da produtora de alumínio Alumar, do Maranhão, consórcio formado pelas gigantes Alcoa, BHP Billiton e Rio Tinto Alcan. Segundo Lobão, a empresa chegou a estudar a possibilidade de sair do país pelo custo da energia, mas já informou a ele que ficará no Brasil com o desconto nas tarifas, que para a indústria chegará a 28%.
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