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Lucro da Natura recua 11,5% no 4º tri, para R$ 257,3 mi

06/02/2013 21h16

RIO DE JANEIRO, 6 Fev (Reuters) - O lucro líquido da Natura no quatro trimestre recuou 11,5% na comparação anual, abaixo das expectativas do mercado, enquanto as despesas avançaram 17,5%.

A fabricante de cosméticos informou nesta quarta-feira que seu lucro líquido de outubro a dezembro somou R$ 257,3 milhões.

Segundo a empresa, o resultado sofreu impactos não-recorrentes concentrados no quarto trimestre de 2011, que diminuíram a carga tributária daquele período.

O aumento das despesas com vendas, que ficaram em R$ 638,1 milhões, foi resultado de ajustes feitos nos incentivos de consultoras revendedores (CNOs), relacionados a um programa de produtividade, além de "maiores investimentos em marketing", informou a empresa.

"No mesmo período, em nossas operações internacionais mantivemos fortes investimentos em marketing, além de maiores despesas na fase inicial do modelo CNO implantado na Argentina, no Chile e na Colômbia", disse a Natura em relatório de divulgação de resultados.

A companhia encerrou o ano com lucro 3,7% maior frente a 2011, a R$ 861,2 milhões.

A receita líquida trimestral avançou 12,2%, a R$ 1,875 bilhão na comparação anual, enquanto o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 462 milhões, recuo de 7,7%.

"Retomamos o crescimento das vendas no Brasil com um melhor equilíbrio entre expansão do número de consultoras e produtividade, resultado da execução de nossa estratégia de ampliar a frequência de compra dos clientes", disse a Natura.

Em 2012, a receita cresceu 13,5%, para R$ 6,34 bilhões, e o Ebtida subiu 6%, a R$ 1,5 bilhão.

A Natura também informou a aprovação, pelo Conselho de Administração, para distribuir R$ 491,3 milhões em remuneração a acionistas, sendo R$ 469,5 milhões em dividendos e R$ 21,8 milhões em juros sobre capital próprio.

Em 2012, os investimentos totalizaram R$ 437,4 milhões distribuídos em expansão fabril, tecnologia da informação e logística, afirmando que entra em um ciclo em que "a tecnologia será cada vez mais um diferencial competitivo".

(Por Juliana Schincariol)