Áreas de café de SP e MG escapam de geada; frio intenso em MS e PR
SÃO PAULO, 25 Jul (Reuters) - Áreas de café de Minas Gerais e São Paulo escaparam de geada apesar do frio intenso, mas temperaturas abaixo de zero foram registradas em áreas de cana-de-açúcar no sul de Mato Grosso do Sul, com forte frio também sendo verificado no Paraná, disse a Somar Meteorologia.
"Choveu a noite inteira em áreas de café de São Paulo e Minas. Não teve nenhum registro de geada", disse o agrometeorologista Marco Antônio dos Santos, da Somar, lembrando que o clima úmido dificulta a formação do fenômeno.
Em um boletim divulgado na quarta-feira, o instituto havia alertado para uma "pequena chance de geada" no sul de Minas Gerais, principal região cafeeira do Brasil, maior produtor e exportador mundial da commodity.
A quinta-feira amanheceu chuvosa e com temperaturas acima de 8ºC no sul de Minas, segundo a Somar.
Já no Paraná, onde foram registradas geadas generalizadas na última madrugada, houve novamente registro de condições para formação do fenômeno em diversas regiões.
É o terceiro dia seguido de frio muito intenso sobre as lavouras paranaenses.
O Paraná lidera a produção de trigo no Brasil, e cerca de metade de suas lavouras estão em fase vulnerável ao frio intenso. O Estado também é o quinto maior produtor de café do Brasil.
"Pegou todas as áreas do Paraná, as mesmas áreas de ontem. (...) Como a massa de ar polar está enfraquecendo, os danos devem ter sido bem menores do que ontem", disse Santos.
Cana em Mato Grosso do Sul
A região de produção de cana em Rio Brilhante, no sul de Mato Grosso do Sul, registrou temperatura de -2,2ºC durante a madrugada, informou a Somar.
"Foi a cidade com menor temperatura em todo o Estado do Mato Grosso do Sul", disse o meteorologista Celso Oliveira.
Ele afirmou que a massa de ar polar conseguiu se intensificar no noroeste do Paraná, oeste de São Paulo e sul de Mato Grosso do Sul, onde o frio chegou a ser mais forte nesta quinta do que na madrugada anterior.
"Com essa temperatura é preocupante", disse Oliveira, referindo-se a Rio Brilhante, ressaltando que é muito cedo para fazer qualquer avaliação de prejuízos às lavouras.
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