Exportação de carne de porco do Brasil recua 13% em janeiro, diz associação
As exportações de carne suína do Brasil recuaram 13% em janeiro ante um ano atrás, para 34,9 mil toneladas, pressionadas pela forte queda nas vendas para a Ucrânia, informou o presidente da associação que reúne a indústria.
A receita com os embarques no mês foi de 90,27 milhões de dólares, 13,7% menor, refletindo volume menor e um pequeno recuo de 0,73 por cento no preço médio da tonelada exportada.
As vendas para a Ucrânia despencaram 96% em janeiro, somando 244 toneladas. O país reduziu as compras, uma vez que formou estoques com os grandes volumes adquiridos no segundo semestre do ano passado.
"Os ucranianos compraram muito em agosto, setembro e outubro, fizeram muito estoque, e desde novembro vem reduzindo as compras. Em janeiro, não foi quase nada", disse Rui Eduardo Saldanha Vargas, presidente da Abipecs (Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína).
Tradicionalmente, o país compra uma média de 7 mil toneladas por mês, mas comprou volumes maiores no segundo semestre do ano passado.
Ele observou que a crise econômica vivida pelo país também vem comprometendo a demanda ucraniana.
"A Ucrânia passa por uma recessão, com a crise que eles estão vivendo, estão com um consumo menor... Fala-se em retorno das compras em março", disse Vargas.
A Rússia foi o principal destino da carne suína brasileira, com participação de 34,6% no total embarcado pelo país, seguida por Hong Kong (26,5 %) e Angola (11,6 %).
Em receita, a Rússia vem em primeiro lugar, com 41%, depois vêm Hong Kong (24%) e Angola, com 7%. A Ucrânia não aparece entre os principais destinos.
As vendas para a Rússia cresceram 0,9% para 12 mil toneladas; para Hong Kong cresceram 9%, para 9.232 toneladas; e para Angola avançaram 11%, para 4.048 toneladas.
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