Mercado fraco derruba lucro da BM&FBovespa em 28,7% no 2 trimestre
(Reuters) - A apatia do mercado doméstico de capitais e a ausência de novas listagens no mercado acionário fizeram o lucro da BM&FBovespa cair quase 30& no segundo trimestre.
A operadora de bolsas anunciou nesta quinta-feira (7) que seu lucro do período somou R$ 250,1 milhões, queda de 28,7% sobre igual etapa de 2013.
O número veio quase em linha com a previsão média de sete analistas consultados pela Reuters, que apontava que a companhia teria lucro de R$ 249 milhões no período.
O movimento foi menor tanto no segmento Bovespa --queda anual de 22,8% por cento na receita bruta-- quanto no BM&F, declínio de 27,9% na mesma comparação. Juntos, os dois braços respondem quase 80% da receita da empresa.
De abril a junho, o volume médio diário negociado na Bovespa foi 18,7% inferior ao de igual período do ano anterior, a R$ 6,74 bilhões, refletindo uma combinação de menores volumes de negócios e ausência de novas listagens.
Na primeira metade de 2014 não houve sequer uma estreia no mercado de ações brasileiro.
Refletindo o baixo desempenho do mercado à vista, o de opções sobre ações e índices houve redução de 32,6% no volume médio diário no ano a ano, principalmente devido à queda de 63% nos negócios com de opções de ações da Vale.
Na mesma batida, o volume médio diário de contratos negociados no Segmento BM&F atingiu 2,3 milhões de contratos, queda de 37,9% sobre o segundo trimestre de 2013.
"As condições de mercado, tanto em âmbito local quanto internacional, apresentaram significativas mudanças, com queda na volatilidade e alteração nas perspectivas macroeconômicas nos últimos 12 meses", explicou a companhia, acrescentando que a estabilidade maior desestimulou negócios.
As despesas totalizaram R$ 178,2 milhões no trimestre, estáveis quando comparadas com igual etapa de 2013.
O Banco Central informou nesta quinta-feira ter aprovado o funcionamento da câmara BM&FBovespa para derivativos financeiros e de commodities.
(Por Aluísio Alves)